Nem tudo na vida de um jogador (na verdade ex-jogador) de futebol são flores, e um ótimo exemplo disso é o atleta Ronaldinho Gaúcho. Além de ser conhecido como “o bruxo” (sem nenhuma alusão a The Witcher) por aparecer em eventos aleatórios e com roupas aleatórias, o atleta está cultivando uma fama um tanto quanto indesejada.
No dia 5 de março de 2020, Ronaldinho e seu irmão foram detidos no Paraguai, onde foram acusados de utilizarem documentos falsificados. Até o momento o MP do Paraguai não tomou a decisão acerca de realizar uma denúncia, mas tanto Ronaldinho quanto seu irmão já foram ouvidos pelas autoridades.
Este caso é extremamente intrigante, pois uma pessoa como o ex-atleta nunca precisaria de documentos falsos para adentrar outro país. Além disso, nenhuma resposta lógica parece solucionar o problema de forma imediata. Porém, pode ser que exista uma relação entre essa atitude e alguns casos polêmicos acerca do 18k Ronaldinho.
Investigações na 18k Ronaldinho
Em outubro de 2019, a 18k foi investigada pela CVM e pelo Ministério Público Federal, onde se suspeitava de uma possível pirâmide financeira.
De fato, a empresa que leva o nome do ex-atleta oferecia retorno sobre investimentos que chegava a 2% ao dia, ou seja, com uma alta probabilidade de ser golpe. Além disso, os pacotes oferecidos pela empresa chegavam a valores de US$ 12 mil, e o rendimento do investimento estaria embasado em operações no criptomercado, onde o BTC seria utilizado.
A imagem de Ronaldinho está estampada em todos os lugares da empresa 18k Ronaldinho, o que lhe acarretou diversos problemas. No entanto, no período em que tudo isso ocorreu, o advogado do ex-atleta alegou que não haviam vínculos entre a empresa e o jogador. Porém, é possível ver, ainda hoje, imagens dele por todos os lados no site da empresa.
O cenário está muito obscuro e incerto, e essa nova ocorrência deixa tudo ainda mais “sensível”. Por que o ex-jogador iria sair do Brasil com documentos falsos, algo que remete a uma “fuga” por sua parte? Essa é a pergunta de e 1 milhão de dólares.
Enxurrada de processos
Como todo bom golpe, a empresa 18k Ronaldinho parou de pagar seus investidores, o que acarretou em vários problemas com a justiça. Porém, como o rosto do ex-jogador estava estampado por todos os lados, além de ter feito propaganda da empresa, acabou sobrando para ele também.
E como sobrou para o nosso “bruxo”. Ao todo são R$ 300 milhões requeridos por algumas vítimas do golpe, e o argumento está associado à danos morais e materiais. Alguns investidores alegaram não acreditar que seu ídolo estava metido com ações ilegais, o que aumentou sua confiança na 18k e impulsionou sua motivação para participar.
Se achou essas acusações pesadas, saiba que é apenas a ponta do iceberg: o MPF pode indiciar Ronaldinho por crime contra o sistema financeiro e contra a economia popular. As pessoas são perigosas, mas não chegam nem perto da ameaça que o Estado pode representar.
Que bola fora, hein Ronaldinho!
