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Mineradores na Europa se preparam para o Halving

Mineradores na Europa se preparam para o Halving

Mineradores de todas as partes do mundo estão prestes a realizarem ajustes para se encaixarem no halving do bitcoin que está chegando. Com o halving, o preço de produção do bitcoin vai subir o dobro de um dia para o outro, mas é notável que a criptomoeda está respondendo de forma positiva a tal evento.

Apesar disso, é necessário, além de ter esperança sobre o halving, levar em consideração a pandemia do COVID-19 e a alta taxa de desemprego, que torna misterioso o caminho para chegar à redução pela metade do preço pago por bloco minerado. Esse é um momento muito importante, tanto para os detentores de bitcoin quanto para os mineradores, responsáveis pela produção da criptomoeda.

Os mineradores de países que possuem eletricidade subsidiada, como por exemplo a Venezuela, ou em locais com baixo preço de eletricidade, como visto na China, em que existe a maior parte do poder de hash na rede bitcoin, o crescimento no custo pode ser gerenciável. Até mesmo para aqueles com preços médios, que possuem equipamentos mais modernos, se sentem mais tranquilos. Agora, para quem se encontra em locais de preços altos de eletricidade, como na Europa, o preço do biticoin após o halving pode afetar grandemente as operações.

Mineradores da Europa estão se preparando

Com um dos maiores preços de eletricidade do mundo, mineradores europeus se preparam para o halving da bitcoin.

É fato que provavelmente alguns terão que desligar caso o preço não seja favorável, mas, apesar disso, as mineradoras conhecem sobre o halving há algum tempo e se prepararam para isso. Jake Stott, membro do conselho fundador da dGen – um think tank de Berlim que realizou pesquisa sobre principais players europeus do setor – disse sobre a atualização das mineradoras:

“O melhor do halving do bitcoin é que é um choque de receita conhecido. Os mineradores estão se preparando para este dia desde o último halving de 4 anos atrás. A atualização para as máquinas mais recentes, a infraestrutura mais recente, o fornecimento de fontes de energia mais baratas e o pool junto ao grupo certo são fundamentais. Os mineradores estão bem preparados para todos os cenários relacionados ao preço do bitcoin.”

“Apesar da importância do equipamento e infraestrutura mais modernos, só isso não bastará.” O co-fundador e CEO da Sesterce – empresa com sede na França que realiza serviços de mineração, Youssef El Manssouri, disse:

“É muito complicado antecipar o que acontecerá depois do halving, o mais lógico parece ser preparar o pior cenário, tentando negociar os contratos de eletricidade e renovar a frota de máquinas. É o que estamos fazendo em Sesterce há vários meses em antecipação.”

Volatilidade vinda pelo Halving

A modernização dos equipamentos e a melhoria nos valores cobrados por eletricidade são as principais parcerias que as mineradoras da Europa precisam para dar os primeiros passos. Além disso, soluções de estratégias de hedge e obtenção de crédito também podem ajudar na volatilidade vinda pelo halving. O co-fundador da emissora de crédito cripto “Nexo”, Antonu Trenchev, disse que isso já tem ocorrido:

“Existe uma crescente variedade de instrumentos financeiros disponíveis para o gerenciamento de ativos digitais. E, com isso, um conjunto de serviços que atendem especificamente às necessidades dos mineradores. Exemplos notáveis ​​desses centros se concentram em mineradoras que bloqueiam um preço médio de venda no futuro. Ou, seguram-se contra alterações de hashrate por meio de futuros derivativos de hashrate. Os mineradores formam uma parte considerável da base de clientes da Nexo; e muitos deles optam por nossa linha de crédito padrão baseada em criptografia para manter e aumentar suas operações ou lucrar com BTCs recém-formados.”

Como ficará a mineração na Europa

Mesmo com o trabalho reforçado das mineradoras europeias para achar soluções para o halving, ainda há o medo de como ficará a mineração a longo prazo. Estão surgindo diversas questões sobre o futuro, sobre a possibilidade de continuar com a atividade na Europa; sobre a co-localização, e também se empresas e governos europeus irão poder iniciar a competir com países em que a mineração já está sendo uma indústria completa. El Manssouri diz achar que a Europa pode entrar na competição:

“Estamos vendo cada vez mais países europeus entendendo a mineração e os problemas subjacentes à soberania. Temos grandes usinas de energia na Europa que produzem muitas perdas e muitas receitas perdidas. Assim, cabe a nós garantir que compensamos essas perdas no setor de mineração e energia para que, a longo prazo, a Europa possa fazer bem.”

Uma coisa que já está ocorrendo e que pode ser a solução para as mineradoras da Europa é o aproveitamento do excesso de energia e o uso de energia renovável, e além disso, de acordo com Whit Gibbs – apresentador do podcast Hashr8, outras respostas podem existir:

“Apesar de não receber tanta atenção hoje em dia, partes da Europa ainda são ótimas para a mineração. Islândia e Suécia parecem ser os locais de instalação mais populares. Ouvi dizer que existem produtores de energia alemães que começaram a minerar com seu excesso de energia, assim como os produtores nos Estados Unidos. Curiosamente, alguns deles não estão minerando exclusivamente Bitcoin, mas estão equipando instalações de GPU e FPGA para capitalizar em peças de mineração mais especulativas.”

Outros benefícios

Existem ainda outros benefícios além do custo e qualidade de eletricidade. Se tratando de uma indústria em crescimento, como a mineração de criptomoedas, o projeto de regulamentação é decisivo. Rapidamente, os mineradores podem se encontrar fora do negócio, casou haja proibição de mineração de criptomoedas, sendo de alta importância o olhar do governo sobre o assunto.

Isso é um fato, pois a regulamentação e estabilidade política são principais pontos que mineradores e participantes do setor elogiam. De acordo com Stott, isso pode fazer com que a Europa seja até um dos lugares mais favoráveis para mineradores:

“Eu diria que a Europa é um dos mercados mais viáveis ​​a longo prazo para a indústria de mineração. A estabilidade política é fundamental para essa indústria. E, à medida que cada vez mais somas são investidas no espaço, muitos vão olhar para a Europa em busca de suas minas.”

Isso tudo seria pouco benéfico em questões palpáveis para os mineradores, e, felizmente, algumas iniciativas de redução de impostos em Portugal para emissores de criptomoeda estão surgindo, e acrescentando os benefícios. Stott adicionou:

“Está claro que esse tipo de iniciativa só pode incentivar as pessoas nessa direção; Portugal parece ter uma política mais voltada para a inovação recentemente e só podemos parabenizá-las por isso. Mas, para ser uma escolha verdadeiramente competitiva aos olhos de grandes infraestruturas de mineração, será essencial oferecer contratos com vários megawatts a preços tão competitivos quanto no Texas ou na China. ”

Levando tudo em consideração

Considerando apenas o fornecimento alternativo de eletricidade até o apoio dos governos, os pontos positivos da Europa podem ser facilmente deixados de lado, significando uma necessidade de capacidade de sobrevivência a ser criada pelos mineradores depois do halving. Apesar de que o custo com energia ainda é um grande ponto negativo. Gibbs disse:

“A Europa ainda tem um custo proibitivo para a mineração na maioria dos lugares, de acordo com minhas fontes. Embora possa haver bolsões de oportunidades, é difícil encontrar energia barata e sustentável. Não existe o excesso de produção generalizado que vemos nos EUA, nos países da CEI e na China. Os preços dos equipamentos também são altos, especialmente para as GPUs.”

Claramente, em questão de custo e energia, a China ou a Rússia são locais mais favoráveis para os mineradores. Mas, apesar disso, outras soluções estão entrando em consideração. De acordo com Matt D’Souza, CEO da empresa de mineração Blockware Solutions, sediada nos Estados Unidos, “o país possui um equilíbrio ideal entre preços baixos e médios da eletricidade e a estabilidade política e regulatória”, acrescentando:

“Os EUA têm excelente estabilidade e redundância. A Suíça sofreu uma seca em 2017/2018 e as taxas de energia hidrelétrica aumentaram de maneira insustentável para um de meus grandes clientes. Áreas com energia mais barata são mais instáveis ​​e incertas pelo governo. Os EUA têm certeza com as taxas de governo, regulamentação e eletricidade, redundância excepcional com internet e energia. Os EUA são o país com mais energia em abundância no mundo.”

A mineração na Europa possui incertezas para o futuro, mas, com escolhas corretas, poderá competir com locais mais estáveis. Para isso, é necessário chegar no mesmo patamar da China ou EUA, que estão começando a oferecer melhores condições para mineradoras em grande escala.

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