A Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA) e seus parceiros Lonestar, uma startup de computação com sede na Flórida, e na Isle of Man enviarão uma carga útil para a Lua contendo “data cubes” em fevereiro de 2024. Os dados protegidos nesses cubos será verificado na Terra usando a tecnologia blockchain.
Se tudo correr conforme o planejado, a mesma tecnologia blockchain verificará de uma vez por todas e de forma imutável que os humanos pousaram na Lua quando a NASA lançar sua segunda missão tripulada, Artemis 3, em 2025.
Suit Up!
Today, the #Artemis II crew and @NASAGroundSys successfully conducted a launch day demonstration. The demo included test spacesuits, a ride to Launch Complex 39B, and going up the mobile launcher to the crew access arm white room.https://t.co/vHl28fVSYR pic.twitter.com/7ed1hGvvy4
— NASA's Kennedy Space Center (@NASAKennedy) September 20, 2023
A missão Artemis da NASA está programada para entrar na sua segunda etapa com o lançamento do Artemis 2 em novembro de 2024. Embora essa missão seja tripulada, os quatro astronautas a bordo deixarão a Terra, farão uma órbita ao redor da Lua e depois retornarão à Terra. Não é exatamente o mesmo que pousar no solo lunar, mas o Artemis 2 pretende ser o teste final antes que o governo dos EUA coloque os humanos na superfície da Lua novamente com o Artemis 3.
Como uma das muitas missões científicas que ocorrem durante as viagens Artemis, a Lonestar e a Isle of Man estão a colaborar para serem pioneiros em sistemas de armazenamento lunar de longo prazo que dependerão da energia solar e não necessitarão de infraestrutura extra para serem instalados.
De acordo com uma reportagem do Science Focus da BBC, o teste envolverá a criação de selos digitais – uma tecnologia conhecida como franquia digital – que serão armazenados nos cubos de dados na Lua. Uma vez instalados, os dados serão verificados via blockchain na Terra para garantir que estejam completos e inalterados.
Como um efeito colateral interessante da natureza imutável do blockchain, qualquer astronauta que pousasse na Lua no futuro poderia usar os cubos de dados para essencialmente fazer check-in na Lua. A interação dos astronautas poderia ser verificada através do blockchain e, aparentemente, quaisquer teorias de conspiração em torno do próximo pouso na Lua poderiam ser imediatamente amenizadas.
Numa entrevista à Science Focus, o chefe de inovação da Digital Isle of Man disse que era surpreendentemente difícil para a NASA repreender a noção de que compôs as seis aterragens tripuladas na Lua entre 1969 e 1972.
Embora a blockchain possa não ser capaz de desiludir os teóricos da conspiração de noções relacionadas com as aterragens lunares do século XX, deverá servir como um registo indiscutível para os próximos humanos que tocarem a superfície da Lua.
