Em meio ao surto do COVID-19, muitas iniciativas têm surgido para combater essa doença, e até mesmo a tecnologia blockchain foi mobilizada para isso. De fato, a startup brasileira Blockforce lançou no dia 30 de março seu projeto Desvilarize. Em suma, a empresa está mapeando o COVID-19 utilizando tecnologia blockchain.
O mais legal de tudo isso é a forma como ela aborda a aquisição de dados, que é totalmente voluntária e online. Dessa forma, todos os brasileiros estão convidados a preencher um questionário online, que posteriormente é conectado à rede blockchain. Não poderia ser mais simples e prático.
No entanto, embora tenhamos a noção de que o Brasil é um país atrasado em tecnologia, isso não é verdade em relação a algumas tecnologias. A tecnologia blockchain, por exemplo, que está sendo usada pela startup brasileira, é uma das favoritas de nosso mercado de inovações.
Ademais, temos as mais diversas aplicações para ela em solo nacional, como o combate à pragas em plantações de cacau e até agilização de processos burocráticos. Sim, caro leitor, temos muitas iniciativas tecnológicas por aqui atualmente.
Startup brasileira coloca a mão na massa contra o COVID-19
Como tudo que é altamente tecnológico e eficiente, a proposta da startup brasileira não poderia deixar de ser mais simples: após responder um questionário básico, a pessoa é colocada em uma de quatro categorias possíveis:
- Nenhum sintoma;
- Sintomas específicos;
- Febre e um sintoma específico;
- Internado;
- Recuperado.
Além disso, um dos diferenciais da plataforma é sua atualização em tempo real, o que ajuda na precisão das informações apresentadas. Correndo o risco de exagerar, podemos dizer que esse mecanismo é mais preciso do que o próprio sistema de saúde. O único problema é que todos os usuários são anônimos, o que causa problemas quanto à veracidade da informação coletada.
Se alguém quiser sabotar essa iniciativa, por exemplo, é fácil realizar diversas entradas de dados, o que acarretaria problemas quanto às medidas realizadas na plataforma. Mesmo sendo improvável, em tempos de irracionalidade como o que estamos vivendo tudo é possível.
Uma alternativa para isso poderia ser utilizar o IP do usuário do aplicativo. Dessa forma, seria possível verificar se um mesmo IP está entrando com dados demais na sistema, o que poderia indicar fraude.
Criando uma base de dados para pesquisa
Um dos principais intuitos do aplicativo é fornecer informações para pesquisadores trabalharem. Dessa forma, não seria necessário esperar os resultados dos exames para obter estatísticas confiáveis, pois as informações presente no aplicativo têm a capacidade de suprir essa necessidade.
Para que isso ocorra da melhor forma possível, o aplicativo usa diversos filtros para melhorar a coleta de dados, o que torna seu banco de informações muito rico para pesquisadores da área da saúde.
Essa iniciativa da startup brasileira realmente não tem preço no combate ao COVID-19, pois as informações que ela irá disponibilizar de forma gratuita certamente irá ajudar as autoridades a manobrarem de forma mais eficiente, diminuindo ainda mais o número de infectados, e como consequência o número de mortos.