O Banco Central do Brasil está aceitando inscrições para a fase 2 do seu projeto piloto de moeda digital do banco central (CBDC) Drex. Ele está interessado em casos de negócios que podem ser implementados por contrato inteligente em particular.
Embora não haja uma data de lançamento para o Drex, o coordenador do Drex no Banco Central, Fábio Araújo, deu a entender que o banco está de olho em testes ao vivo após esta rodada piloto.
O banco central declarou em sua chamada para candidatos que não há limite para o número de projetos que seu Comitê de Gestão Executiva considerará.
Os novos casos de negócios devem destacar uma solução de privacidade, especialmente em relação à Lei Geral de Proteção de Dados Brasileira, e devem abordar os impedimentos legais existentes e potenciais à implementação.
Treze casos foram confirmados até agora na segunda fase do piloto. De acordo com um relatório da imprensa, os novos casos de uso incluem a cessão de recebíveis, garantia com CBDC, financiamento de comércio internacional, otimização do mercado de câmbio, um pool de liquidez para títulos públicos e negociações envolvendo automóveis, carbono, debêntures e imóveis.
A tokenização e as finanças descentralizadas (DeFi) também estarão em foco nesta rodada de testes. A interação do Drex com outras redes também precisa ser testada. A Comissão de Valores Mobiliários do Brasil, pretende criar um sandbox de tokenização este ano. Araújo disse:
“Provavelmente adotaremos o máximo de elementos internos possível no sistema e interoperaremos apenas quando estritamente necessário.”
A interoperabilidade provavelmente será um grande requisito em qualquer caso, já que o Drex pretende substituir o Sistema de Transferência de Reservas (STR), o sistema de liquidação bruta em tempo real do Brasil. Araújo também disse:
“O DREX, como foi projetado, será o STR 2.0. Isso já foi projetado na primeira fase do projeto. Precisamos de mais detalhes para começar a operação.”
Dezesseis consórcios, a maioria liderados por bancos, participaram da primeira fase de testes. A Associação Brasileira de Bancos foi fundamental na formação de alguns desses consórcios depois que 13 de seus 118 membros manifestaram interesse em participar.
Embora um real digital tenha sido proposto pela primeira vez no Brasil em 2015, os testes só começaram em 2022.