A Financial Industry Regulatory Authority (FINRA), uma organização não governamental e autorreguladora, publicou recentemente um relatório descrevendo as potenciais implicações de regulação para empresas de valores mobiliários e finanças que operam no metaverso.
Junto com uma análise do estado atual da atividade do metaverso no setor financeiro e projeções para o futuro da tecnologia, a FINRA também dedicou vários parágrafos do relatório para lembrar às empresas que tanto suas regras quanto regulamentações governamentais relevantes se aplicam às suas atividades no metaverso, assim como fariam de outra forma.
“As empresas associadas também devem estar cientes das potenciais implicações para suas obrigações regulatórias ao considerarem se devem incorporar o metaverso em seus sistemas e processos internos ou usar essa tecnologia em ofertas de produtos.”
O relatório indica que a “oportunidade” de receita global do metaverso pode chegar a US$800 bilhões em 2024 e é esperado, por alguns, que contribua com mais de US$3 trilhões para o Produto Interno Bruto (PIB) global até 2031.
Embora a tecnologia do metaverso geralmente tenda a se concentrar em jogos e aplicações industriais, a FINRA investigou vários casos de uso para o setor financeiro, incluindo visualização de dados, gêmeos digitais e negociação virtual. Também identificou vários desafios enfrentados pelo setor do metaverso como um todo e, especificamente, casos de uso financeiro.
O principal entre os desafios identificados foi a segurança e a privacidade. Como o termo “metaverso” é um tanto nebuloso e abrange vários setores de tecnologia, garantir que plataformas específicas atendam às necessidades regulatórias de instituições financeiras, corretoras e negociantes é de extrema importância para uma adoção tranquila, de acordo com o relatório.
A FINRA também destacou que, apesar da natureza experimental de muitos projetos de negócios no metaverso, esses empreendimentos ainda se enquadram nas mesmas restrições e requisitos legais de quaisquer outras negociações no setor de serviços financeiros.
De acordo com o relatório:
“A FINRA lembra às suas empresas-membro que as regras da FINRA — que pretendem ser neutras em termos de tecnologia — e as leis de valores mobiliários de forma mais geral, continuam a se aplicar se as empresas-membro usarem o metaverso no curso de seus negócios, assim como se aplicam quando as empresas-membro usam qualquer outra tecnologia ou ferramenta. O uso de qualquer tecnologia não isenta as empresas de suas obrigações regulatórias.”
