O cenário das finanças descentralizadas (DeFi) está pronto para um ressurgimento significativo, com o CEO da dYdX Foundation, Charles d’Haussy, prevendo um “festival DeFi” começando em setembro. Ele disse:
“A próxima temporada não apenas replicará a breve excitação do “verão DeFi” anterior, mas marcará uma expansão sustentada no setor. O verão DeFi, na mente das pessoas, é como três meses de festas malucas. Acho que esse curto período ficou para trás. Acho que será uma festa muito longa por meses e meses.”
Essa perspectiva está enraizada no contexto histórico do verão DeFi, que começou em 2020, quando o valor total bloqueado (TVL) subiu para US$15 bilhões antes que o mercado enfrentasse uma desaceleração em 2022.
D’Haussy descreveu vários fatores que ele acredita que contribuirão para esse boom antecipado:
- Maior número de pontos de entrada para novos usuários: ele espera pontos de entrada mais acessíveis para indivíduos que desejam participar do DeFi. Projetos estabelecidos, chamados de “OGs” (gângsteres originais) no espaço, continuarão a atrair novatos devido à sua confiabilidade e reputação estabelecida.
“Todos esses projetos que você pensou que tinham sido usados por outra pessoa ainda estão lá. Eles são marcas confiáveis e ficarão ainda mais fortes porque as pessoas não irão sistematicamente aderir às novidades.”
- Engajamento institucional: o CEO prevê um influxo de interesse institucional e investimento em DeFi à medida que o mercado amadurece. Ele destacou que participantes significativos no ecossistema estão se preparando para acomodar participantes institucionais. Ele citou o lançamento recente do Lido Institutional pela Lido Finance, uma solução de staking de liquidez voltada para clientes de grande porte, como evidência dessa mudança.
- Exchanges centralizadas como catalisadores: as exchanges centralizadas (CEX) podem desempenhar um papel fundamental na conexão de usuários com o DeFi. Algumas CEXs começaram a lançar seus próprios blockchains e carteiras, ou restringiram serviços como empréstimos e futuros para cumprir com os requisitos regulatórios. Essa mudança pode inadvertidamente levar os usuários para o DeFi, pois as exchanges facilitam o acesso mais suave às plataformas descentralizadas.
“A ponte que precisávamos para os usuários do CeFi irem para o DeFi está sendo projetada pelos campeões do CeFi, e eles estão empurrando seus usuários, não para fora, mas facilitando o acesso ao DeFi.”
Apesar da perspectiva otimista, o caminho para a alta do DeFi pode não ser totalmente tranquilo. D’Haussy alertou sobre a potencial volatilidade no curto prazo, sugerindo que o mercado pode experimentar um “verão agitado” e até mesmo uma minicrise. No entanto, ele expressou confiança de que, até setembro, o mercado de criptomoedas se estabilizaria e estaria bem posicionado para um ressurgimento nas atividades DeFi.
“Acho que teremos um verão agitado e possivelmente uma minicrise, mas estou confiante de que o mercado de criptomoedas estará de volta aos trilhos até setembro.”
O conceito de verão DeFi surgiu originalmente durante o boom de 2020, caracterizado por um aumento em projetos inovadores, provisão de liquidez e maior engajamento do usuário. O termo encapsulou um período de rápido crescimento e conscientização geral dos protocolos DeFi, que desde então evoluíram significativamente. A alta antecipada prevista por D’Haussy, representa um amadurecimento do setor, com maior ênfase na sustentabilidade, experiência do usuário e participação institucional.
À medida que a indústria de criptomoedas olha para a possibilidade de um boom prolongado do DeFi, podemos perceber o potencial transformador das finanças descentralizadas. Com foco na construção de confiança, melhoria da acessibilidade e promoção do engajamento institucional, a próxima fase do DeFi pode remodelar o cenário financeiro para usuários novos e existentes.
A próxima temporada antecipada de alta do DeFi pode anunciar não apenas um renascimento do interesse, mas uma mudança fundamental em como as finanças descentralizadas são percebidas e utilizadas no ecossistema financeiro mais amplo.
