Brasil aprova primeiro ETF de XRP

Brasil aprova primeiro ETF de XRP

Em um desenvolvimento significativo para o mercado de criptomoedas, o regulador de valores mobiliários do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), aprovou o primeiro ETF de XRP do país, sinalizando uma aceitação crescente de ativos digitais na região.

O Hashdex Nasdaq XRP Index Fund recebeu aprovação regulatória, coincidindo com um aumento impressionante de 8% no preço do XRP.

Embora a data exata de negociação do ETF na bolsa B3 do Brasil ainda não tenha sido divulgada, mais detalhes serão anunciados em breve. A Hashdex é bem conhecida por sua gama diversificada de ETFs de criptomoedas no Brasil, que já inclui ofertas para Bitcoin, Ethereum, Solana e fundos focados em finanças descentralizadas (DeFi), Web3 e metaverso.

A aprovação ocorre em um momento em que a SEC dos Estados Unidos também está revisando vários registros de ETF XRP spot em bolsas como Nasdaq e Cboe BZX em nome de gestores de ativos como CoinShares, Canary Capital e WisdomTree.

O preço do XRP reagiu positivamente às notícias, subindo 7,8% para atingir US$2,72, indicando um sentimento de mercado forte. Este aumento recente coloca o XRP a apenas 20% de sua máxima histórica, destacando o interesse renovado dos investidores no token.

Além da aprovação do ETF, o Braza Group, um player notável no mercado interbancário do Brasil, está pronto para lançar uma nova stablecoin atrelada ao real brasileiro no blockchain da Ripple, conhecida como XRP Ledger. Marcelo Sacomori, CEO do Braza Group, anunciou a iniciativa enfatizando o compromisso da empresa em desenvolver uma stablecoin que siga os mais altos padrões de segurança e conformidade.

A stablecoin, chamada BBRL, será apoiada pelo Braza Bank, especializado em serviços de câmbio e pagamentos internacionais. Embora possa não estar entre os 10 maiores bancos do Brasil em termos de ativos e depósitos, a Braza afirma ser o maior banco de câmbio do país.

(Stablecoin BBRL do Braza Bank.)

Sacomori declarou:

“Lançar uma stablecoin como a BBRL no XRP Ledger cria oportunidades significativas para o mercado brasileiro, ao mesmo tempo em que estabelece as bases para uma adoção mais ampla na América do Sul e além.”

Esse sentimento é ecoado por Markus Infanger, vice-presidente sênior da RippleX, que vê o lançamento como um momento crucial para aprimorar o ecossistema financeiro local.

A stablecoin BBRL deve ser lançada no primeiro trimestre de 2025. Inicialmente, estará disponível exclusivamente para clientes institucionais, com planos de expandir seu alcance para clientes business-to-consumer posteriormente. Sacomori projetou que até o final do ano que vem, a BBRL poderia capturar cerca de 30% do mercado de stablecoins no Brasil, o que reflete fortes expectativas para sua adoção.

Além do lançamento da stablecoin, o Braza Group está participando ativamente do DREX, uma iniciativa inovadora de blockchain liderada pelo banco central do Brasil. O DREX está explorando a tokenização de ativos, pagamentos internacionais e o potencial desenvolvimento de uma moeda digital do banco central (CBDC).

Gabriel Galipolo, chefe do banco central do Brasil, comentou recentemente sobre o aumento no uso de criptoativos no país, observando que cerca de 90% desse fluxo está vinculado a stablecoins.

Galipolo esclareceu que o DREX não é fundamentalmente um CBDC, mas sim um projeto de infraestrutura que visa melhorar o crédito alavancando ativos colateralizados. Isso ressalta o compromisso do Brasil em explorar o potencial da tecnologia blockchain, ao mesmo tempo em que garante que as estruturas regulatórias se adaptem ao cenário em evolução das moedas digitais.

A aprovação do primeiro ETF XRP do Brasil e o lançamento iminente da stablecoin BBRL marcam marcos significativos na jornada do país em direção à integração de criptomoedas em seu tecido financeiro. À medida que as instituições financeiras tradicionais adotam a tecnologia blockchain e ativos digitais, o Brasil está se posicionando como um player-chave no ecossistema de criptomoedas.

Com a clareza regulatória abrindo caminho para produtos e serviços financeiros inovadores, o Brasil está pronto para experimentar uma nova era de crescimento no espaço de criptomoedas. À medida que as iniciativas de ETF e stablecoins ganham força, elas podem impactar significativamente a adoção e o uso de criptomoedas no Brasil e potencialmente em toda a América do Sul.


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