Adoção de criptomoedas no Brasil

Adoção de criptomoedas no Brasil

Uma pesquisa recente conduzida pela Consensys em parceria com a YouGov, revela tendências e percepções significativas sobre criptomoedas entre os brasileiros. Divulgado em 10 de dezembro, o estudo mostra que 96% dos brasileiros conhecem o Bitcoin e outras criptomoedas, destacando sua crescente importância dentro da realidade financeira nacional.

No estudo, descobriu-se que, embora quase todas as pessoas (96% tenham ouvido falar sobre criptomoedas, esse conhecimento tem diferentes profundidades. Cerca de 56% dos familiarizados com criptomoedas afirmam saber o que isso envolve, enquanto 40% reconhecem a conscientização, mas admitem a falta de um entendimento mais profundo.

Mesmo com a popularidade crescente, o custo é um grande obstáculo, e 47% dos brasileiros indicam que a despesa é o principal motivo que os impede de investir em criptomoedas. Isso marca um aumento notável em relação às pesquisas anteriores. Outras barreiras, como preocupações com golpes (41%) e volatilidade do mercado (36%), diminuíram ligeiramente, refletindo o aumento da maturidade do mercado e melhor conscientização.

A pesquisa também revela disparidades regionais na adoção de criptomoedas. A região Nordeste lidera em investimentos, com 45,3% de sua população supostamente envolvida em criptomoedas, seguida pelo Sul (43,4%), Sudeste (40,7%), Norte (40,2%) e Centro-Oeste (38%). Aproximadamente 16% dos brasileiros atualmente possuem criptomoedas, com o Nordeste novamente se destacando com 17,3%.

As criptomoedas se tornaram particularmente populares em regiões economicamente desfavorecidas. A exclusão das principais instituições financeiras é citada como a principal razão para investir por 28% dos investidores, um aumento estatisticamente significativo de 26 pontos percentuais em relação ao ano passado. Isso também ilustra a inclusão da tecnologia criptográfica para a desigualdade financeira.

Os entrevistados brasileiros também afirmam que as criptomoedas estão no centro dos sistemas de internet voltados para a privacidade, com 35% fazendo isso – mais do que o dobro do número global de 16%. Em particular, 56% acreditam que as criptomoedas são ‘sustentáveis’, sendo o Bitcoin considerado a opção mais sustentável por 64% dos entrevistados.

Tokens não fungíveis (NFTs) estão ganhando força no Brasil. Com base na pesquisa, 26% dos brasileiros já ouviram falar sobre o fenômeno dos NFTs, e quase metade (45%) dos que ouviram falar sobre o fenômeno possuem pelo menos um. Além disso, 63% dos que acreditam em NFT pretendem comprar ou possuir no próximo ano.

Apesar do fato de que, para os brasileiros, o conceito da Web3 ainda é bastante desconhecido (apenas 16% dos brasileiros sabem o que significa Web3), o interesse no espaço está aumentando atualmente. Entre aqueles familiarizados com criptomoedas, 37% têm uma carteira criptográfica. No entanto, apenas 21% conseguem distinguir entre uma carteira custodial e uma autocustodial e 71% afirmam não ter nenhuma compreensão do tópico. De forma encorajadora, 61% mostram uma ânsia de aprender mais.

A pesquisa mostra que há uma insatisfação generalizada com os bancos tradicionais do Brasil. Especificamente, menos de 1/5 dos entrevistados acha que o sistema financeiro existente funciona bem. Quase (48%) e mais de (20%) dos entrevistados acham que precisam de melhorias, e os entrevistados acreditam que todo o sistema deve ser completamente substituído.

A pesquisa mostra forte apetite/intenção de investir em criptoativos, já que 47% dos brasileiros planejam investir nos próximos 12 meses. Entre os investidores atuais, 70% planejam reinvestir.

Apesar da alta conscientização sobre ETFs de Bitcoin (50%) e ETFs de Ethereum (49%), menos de um em cada cinco entrevistados entende completamente o que esses produtos financeiros envolvem. Essa lacuna destaca a necessidade de maiores iniciativas educacionais para dar suporte a decisões de investimento informadas.

Os resultados demonstram a crescente adoção de criptomoedas no Brasil e sua capacidade de cobrir questões de inclusão financeira e segurança de dados. A diminuição contínua nas preocupações com phishing e volatilidade do mercado aponta para um mercado em amadurecimento, no entanto, barreiras – como preços altos e lacunas de conhecimento – permanecem. Com o aumento da conscientização, iniciativas educacionais e baixos pontos de entrada podem contribuir para uma maior penetração, o que pode consolidar a posição do Brasil como um pioneiro no cenário global de criptomoedas.


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