Ataque coordenado à rede Ethereum

No mundo das criptomoedas, a plataforma Ethereum tem um papel muito importante como ecossistema. Além disso, possui o segundo token de maior valor no mercado. Mesmo sendo um dos projetos mais antigos do setor, a Ethereum ainda conta com problemas de segurança.

Prova disso foi um ataque que a rede Ethereum recebeu recentemente, sendo rapidamente combatido, que visava a dessincronização dos blocos do sistema. O ataque ocorreu através de uma falha crítica na Parity Ethereum, uma das maiores clientes da plataforma.

A Parity agiu rápido, lançando uma atualização para o sistema, protegendo todo o ecossistema. No entanto, é possível que todos os ataques tenham afetado todos os nós da Parity, responsável por cerca de 20% de todos os nós do sistema.

Mesmo o ataque não tendo a força suficiente para derrubar a rede, poderia ter causado grande estrago, pois 20% da Ethereum representa um número grande de nós.

Princípio do ataque à rede Ethereum

De acordo com Sérgio Demian Lemer, consultor de segurança, o ataque foi bem simples de ser realizado. Em resumo, os invasores enviam blocos de transações corrompidos (inválidos) à rede, e esta marca aquele bloco como inválido.

No entanto, o segredo são os cabeçalhos dos blocos inválidos, que após serem lidos pelo sistema, invalidará todos os outros blocos com o mesmo conteúdo. Dessa forma, ocorreria um efeito dominó, bloqueando erroneamente blocos válidos da rede.

Esse ataque, embora simples, causou a dessincronização entre a Parity e a Ethereum. Para ajustar o software, basta instalar uma atualização, o que fará a validação do nó da rede. O processo deve ser feito de forma manual.

Embora alguns acreditam que o ataque não tivesse poder para derrubar a rede, a situação foi bem crítica. Segundo Liam Aharon, se não fosse interrompido, o efeito cascata acabaria derrubando toda a rede, um nó por vez.

Além disso, Aharon disse ainda que, um dos fatores que impediram a Ethereum de quebrar de vez foi que apenas 20% dos nós pertenciam à Parity. Se todos os nós estivessem alocados em apenas um lugar, os danos seriam incalculáveis.

O que ajudou muito na minimização dos danos foi o uso do Geth, sendo invulnerável ao ataque ocorrido, protegendo alguns nós da rede.

As criptomoedas e os investidores

Os investidores, principalmente iniciantes, estão vendo as criptomoedas como escolhas arriscadas de investimentos. Se refletirmos sobre acontecimentos recentes, podemos ver que existe motivo real para essa desconfiança.

No Brasil, por exemplo, ocorreram alguns casos de pirâmide financeira envolvendo criptomoedas. Além disso, foram noticiados casos de lavagem de dinheiro com moedas digitais.

Para piorar a fama desse ativo, temos agora ataques de hackers às plataformas. Assim, não apenas as altas oscilações do valor são perigosas, mas corre-se o risco de grandes perdas por conta de invasões.

No entanto, quanto mais arriscado o investimento, geralmente temos mais lucros. O Bitcoin em 2019, por exemplo, mesmo com suas oscilações de preço, conseguiu uma valorização de mais de 100%.

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