Bancos não identificam até 90% das transações de criptomoedas suspeitas

Bancos não identificam até 90% das transações de criptomoedas suspeitas

De acordo com um relatório publicado pela empresa forense de blockchain CipherTrace, as instituições financeiras em todo o mundo relataram 134.500 transações suspeitas relativas a moedas virtuais nos últimos dois anos – mas isso é apenas a ponta do iceberg.

O relatório diz que a Financial Crimes Enforcement Network (FinCEN) tem visto um grande aumento em relatórios de transações suspeitas de instituições desde a publicação de maio de 2019 em Consultoria sobre atividades ilícitas envolvendo moeda virtual conversível (CVC).

Apesar disso, CipherTrace afirma que muitas instituições financeiras desenvolveram sistemas “caseiros” inadequados para identificar contas e transações relacionadas à criptomoedas, que simplesmente usam listas de nomes de criptomoedas e provedores de serviços de ativos virtuais (VASPs) para sinalizar associações de transferências com criptomoeda. Então, essa estratégia:

“Resulta em muitos falsos positivos e perde fluxos de fundos significativos e grandes que não podem ser descobertos por correspondência de nomes internos.”

Um sistema baseado em nome típico pode perder totalmente até 70% ou mais das exchanges de criptomoedas lá fora, e até 90% do volume real de transação;

Além disso, segundo o relatório, poucas instituições financeiras fazem a triagem de exchanges fora das 100 principais. Muitas criptomoedas também operam sob um nome comercial que difere de sua marca, evidenciando outras deficiências no uso de correspondência de nome para sinalizar transações criptográficas.

O CipherTrace defende que os bancos usem um sistema de monitoramento que busca rastrear as contas associadas a exchanges de criptomeodas ponto a ponto e quiosques de moeda virtual menores, e cruzar as informações de contato de pequenos VASPs com registros de clientes para sinalizar atividades suspeitas.

O relatório da CipherTrace vem na esteira do Serviço de Receita Interna dos EUA (IRS) que assinou um contrato de US$249.900 com a empresa Blockchain Analytics and Tax Software para expandir seus recursos de rastreamento de criptomoeda.

No final de agosto, a CipherTrace afirmou ter desenvolvido uma ferramenta para o Departamento de Segurança Interna dos EUA que pode rastrear transações feitas na moeda de privacidade Monero (XMR).

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