Bitcoin pode alcançar US$ 150 mil antes do próximo mercado de baixa

Bitcoin pode alcançar US$ 150 mil antes do próximo mercado de baixa

A atual alta do Bitcoin pode ter muito mais gás no tanque, com um executivo prevendo uma trajetória ascendente significativa antes da próxima baixa. Steven McClurg, CEO da Canary Capital, acredita que há uma chance maior do que a esperada de que o Bitcoin possa atingir a faixa de US$140.000 a US$150.000 este ano. Isso representaria um ganho impressionante de até 27% em relação ao seu preço atual, marcando um impulso final antes do que ele prevê ser um novo mercado em baixa no próximo ano.

A previsão não se baseia em simples especulação; ela se baseia nas forças poderosas que ele vê impulsionando o mercado. Ele atribui a maior parte da recente movimentação do preço do Bitcoin ao influxo de capital de grandes players institucionais. A aprovação e o sucesso dos ETFs de Bitcoin nos EUA abriram as portas para novos investidores, mas, de acordo com McClurg:

“As compras não estão vindo apenas de pequenas empresas. Prevemos grandes alocações chegando… de grandes fundos soberanos e até mesmo de seguradoras.”

Esse tipo de compra é fundamentalmente diferente das altas anteriores, que frequentemente eram impulsionadas por investidores de varejo. Essas compras em larga escala têm menos a ver com especulação de curto prazo e mais com alocação estratégica de ativos de longo prazo, fornecendo uma base estável para o preço.

Apesar dessa perspectiva otimista de curto prazo, McClurg permanece cauteloso em relação ao clima econômico em geral. Ele acredita que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) tem sido lento demais para cortar as taxas de juros e prevê cortes em setembro e outubro. Tal medida provavelmente estimularia a economia e tornaria ativos de maior risco, como o Bitcoin, mais atraentes para os investidores. No entanto, isso é mais um catalisador de curto prazo, já que McClurg teme que um mercado econômico em baixa esteja se aproximando.

A perspectiva, embora otimista no curto prazo, adere à ideia tradicional de ciclos de mercado — uma alta seguida por um mercado em baixa. Um mercado em baixa é definido como uma queda sustentada, normalmente quando o preço de um ativo cai 20% ou mais em relação à sua máxima recente. Esse padrão cíclico tem sido uma marca registrada da história do Bitcoin, com cada alta culminando em uma correção significativa de preço.

No entanto, nem todos no setor concordam que o ciclo ainda seja uma força dominante. Michael Saylor, presidente executivo da Strategy e um dos maiores defensores do Bitcoin, tem uma visão completamente diferente. Saylor declarou que “o inverno não voltará” para o Bitcoin. Ele argumenta que o ativo ultrapassou sua fase especulativa e está em uma trajetória de mão única. Em sua visão, a nova demanda institucional e o papel crescente do Bitcoin como reserva de valor significam que seu preço só continuará a subir no longo prazo. A previsão de tudo ou nada de Saylor é que, se o Bitcoin não chegar a zero, ele caminha para US$1 milhão.

Esse sentimento é compartilhado por Matt Hougan, diretor de investimentos da Bitwise. Ele não espera que o mercado de alta termine tão cedo, afirmando:

“Prevejo alguns bons anos para o ativo e até mesmo que 2026 seja um ano positivo.”

Essas visões otimistas de longo prazo são sustentadas pela crença de que a adoção institucional não é apenas uma tendência temporária, mas uma mudança fundamental que alterará permanentemente a dinâmica de mercado do Bitcoin. O acúmulo contínuo de grandes entidades — incluindo ETFs americanos e empresas privadas — está removendo uma quantidade significativa de Bitcoin do mercado aberto, criando um choque de oferta que provavelmente levará a preços mais altos ao longo do tempo.

Embora o cronograma exato permaneça um ponto de debate, o consenso entre essas figuras-chave é que o interesse institucional mudou para sempre o jogo para o Bitcoin. Independentemente de a corrida atual terminar com um pico na faixa de US$150.000 ou continuar por vários anos, o ativo não é mais um investimento marginal, mas um alvo legítimo para alguns dos maiores pools de capital do mundo.


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