É estimado que o Grupo Bitcoin Banco deve R$ 2,1 bilhões

Grupo Bitcoin Banco

Um relatório emitido pela EXM Partners apontou que o Grupo Bitcoin Banco está com problemas financeiros astronômicos. Suas dívidas estão muito maiores do que o esperado, além de ser praticamente impossível do grupo se livrar delas. É estimado que a dívida do Grupo Bitcoin Banco seja de R$ 2,1 bilhões.

Para chegar neste valor, as informações do balanço patrimonial do grupo foram usadas, especificamente o balanço de setembro de 2019. Dessa forma, todos os dados foram apresentados à Vara de Falências e Recuperações do Foro de Curitiba.

No entanto, isso não apresenta nenhuma novidade para pessoas bem informadas. A Folha havia exposto que existiam cerca de 200 processos contra o Grupo Bitcoin Banco. Além disso, os valores de cada processo variavam de R$ 10.000 até R$ 12 milhões. Os processos vinham de vários estados brasileiros, e a acusação era de que o GBB havia sumiu com o dinheiro dos investidores.

O documento apresentado pela EXM Partners

O relatório apresentado ao Poder Judiciário de Curitiba pela EXM apresentava diversos pontos importantes. A relação entre o passível contábil e os credores não batia, e nenhum esclarecimento sobre o assunto foi feito pelo Grupo Bitcoin Banco.

Além disso, as empresas do grupo não estavam apresentando relatórios detalhados de suas atividades. Assim as operações de partes relacionadas e mútuos, representando 96% do patrimônio do grupo, apresentava pouco ou nenhum esclarecimento.

Outro ponto importante é o número de funcionários do Grupo Bitcoin Banco. Segundo o relatório apresentando à Justiça, o quadro de funcionários havia reduzido de 191 para 30. Os cortes ocorreram entre julho e dezembro de 2019.

No término do relatório, é apontado que o Grupo Bitcoin Banco está com as operações paralisadas. Dessa forma, não está oferendo produtos relacionados à criptomoedas, sendo sua fonte geradora de receitas.

No meio de janeiro de 2020, os advogados do grupo desistiram da recuperação judicial. Essa conquista por parte da empresa foi muito difícil de ser obtida, e a renúncia por parte dos advogados pode significar o fim, por completo, do Bitcoin Banco.

A explicação do Grupo Bitcoin Banco

Os processos começaram a aparecer em agosto de 2019. Como forma de defesa, foi apresentado uma tentativa de golpe que o grupo havia recebido. Para proteger o patrimônio do grupo, todas as contas e operações foram congeladas. Esse foi o esclarecimento dado a justiça e aos clientes do grupo.

Uma das empresas que faz parte do grupo é a NegocieCoins. Ela foi considerada uma das maiores do mundo em seu ramo de atuação, em julho de 2019. Essa informação foi apresentada pela CoinMarkerCap, responsável por analises do mercado de criptos. Foram constados que a empresa havia negociado cerca de R$ 2 bilhões em menos de 24 h.

As empresas do Grupo Bitcoin Banco atuam como intermediadoras de Bitcoin. Dessa forma, funcionam como instituições financeiras equivalente a bancos e corretoras de ações. Porém, como a CVM não possui regulamentação sobre essas transações, o grupo não  possui um enquadramento específico na lei.

Quando o grupo foi procurado para esclarecimentos sobre o assunto, disseram não poder comentar o caso. De acordo com eles, como se trata de um processo judicial, não teriam permissão para entrar em detalhes sobre o tema.

Fonte: UOL

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