As autoridades dos Estados Unidos estão avaliando controles mais rígidos sobre um regulamento de exportação criado para minimizar a disponibilidade de chips de IA (inteligência artificial) para a China.
De acordo com fontes próximas às autoridades, os regulamentos mais rígidos incluiriam restringir o nível de poder de computação em chips que são exportados. As fontes dizem que uma atualização das regras pode ocorrer no final de julho.
Tais restrições à venda de chips de computação poderosos causaram alarme entre alguns dos principais players do setor.
Em uma conferência com investidores, Colette Kress, diretora financeira da Nvidia – uma das principais fabricantes de chips do mundo – comentou que:
“…se implementadas, as restrições resultariam em uma perda permanente de oportunidades para a indústria dos EUA competir e liderar em um dos maiores mercados do mundo…”
Kress disse que a implementação de tais regulamentos não impactaria imediatamente os resultados financeiros da empresa. No final de maio, o boom dos chips de IA fez com que a Nvidia atingisse US$1 trilhão em valor temporariamente.
Inicialmente, as restrições contra as vendas de chips de IA para a China foram emitidas pelo governo do presidente dos EUA, Joe Biden, em outubro de 2022, para desacelerar a indústria de semicondutores.
A proibição de outubro cortou o acesso dos desenvolvedores chineses a alguns dos chips mais avançados do mercado, incluindo os chips A100 da Nvidia e a versão mais recente, o H100. Esses dois chips estão entre os mais procurados para desenvolvimento de IA de alto nível.
Em maio, a Nvidia informou que sua previsão de receita no segundo trimestre seria 50% maior do que as estimativas do mercado, juntamente com um aumento de 28% nas ações da empresa.
Na mesma época, a empresa lançou ferramentas adicionais baseadas em IA, incluindo um supercomputador de IA criado para ajudar os desenvolvedores a produzir sucessores do ChatGPT.
Enquanto isso, na China, os desenvolvedores locais vêm descobrindo maneiras de contornar o impacto das sanções dos EUA. As empresas estão estudando novos métodos para desenvolver chips de IA usando semicondutores mais fracos e combinações de chips atualmente disponíveis.