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Inteligência Artificial x Pensamento Crítico

Inteligência Artificial x Pensamento Crítico

A inteligência artificial (IA) está em toda parte – ela pode reescrever romances famosos, compor músicas e criar vídeos realistas. Enquanto as gerações mais velhas temem a sua aquisição, os jovens de hoje estão a abraçar a tecnologia.

Um estudo de novembro de 2023 do Pew National Research Center, nos Estados Unidos, revelou que quase um em cada cinco (1/5) adolescentes com idades entre 13 e 17 anos que ouviram falar do chatbot ChatGPT o usaram para ajudar nos trabalhos escolares, o que equivale a aproximadamente 13% de todos os adolescentes nos EUA.

O mesmo estudo mostrou que 7 em cada 10 adolescentes disseram que não há problema em usar o chatbot ao pesquisar algo novo e explorar um tópico. No entanto, isto suscita preocupações, especialmente quando se trata de a IA produzir informações enganosas ou falsas.

Isto foi destacado no exemplo recente do chatbot de IA do Google, Gemini, produzindo representações acordadas e imprecisas de cenas históricas, pelas quais se desculpou.

Não há como voltar atrás na introdução da IA para a próxima geração. No entanto, permanecem questões sobre as melhores práticas de IA para os jovens, especialmente no que diz respeito à educação.

Brandon Da Silva, CEO da ArenaX Labs, nos ajuda a entender melhor como a IA pode ser implementada de forma produtiva e segura na educação de jovens.

IA aumenta o conhecimento tecnológico

ArenaX Labs lançou recentemente AI Arena, um jogo de luta jogador contra jogador no qual os jogadores treinam modelos de IA para lutar entre si de forma autônoma com o objetivo de usar o jogo para aumentar a alfabetização em IA.

Da Silva disse que ensinar os jovens como treinar ou programar IA tem uma importância significativa além de simplesmente fazer perguntas ao usar ferramentas como o ChatGPT.

“Se você está usando o ChatGPT e ele começa a lhe dar uma resposta estranha, é importante entender o porquê. Caso contrário, algumas pessoas podem começar a pensar que o que o ChatGPT lhes diz é basicamente o evangelho, sem se preocuparem com a possibilidade de não estar correto. É essencial compreender as limitações dessas ferramentas, porque você só pode realmente entender onde, por que e como elas podem dar errado quando sabe como funcionam.”

Ele disse que as crianças que começam a interagir com IA ainda jovens provavelmente se tornarão muito mais conhecedoras de tecnologia do que seus colegas que não o fazem:

“Acreditamos que a IA transformará a sociedade e fará parte da vida de todos no futuro e, por isso, é importante que as pessoas se familiarizem com ela desde cedo.”

Da Silva traçou um paralelo entre aqueles que cresceram aprendendo a programar desde muito jovens.

“Muitas dessas pessoas eram melhores em programação quando estavam no ensino médio do que alguns funcionários em tempo integral que fizeram programação por 10 anos quando adultos. Contudo, a questão é multifacetada: há benefícios e riscos. A tendência das crianças de ficarem coladas a tecnologias como iPads e telefones pode ser traduzida no uso de IA se não for monitorada.”

Ele também apontou o risco do preconceito herdado da IA, como aconteceu com o Gemini do Google.

“Esse tipo de coisa pode ser muito perigoso. Como adultos, é mais fácil reconhecer preconceitos. Mas quando criança, você não sabe.”

IA na educação — Pensamento crítico

É aqui que entra em jogo a educação adequada em IA e a atenção dos educadores que usam IA.

Semelhante à forma como as pessoas precisarão desenvolver habilidades de discernimento para detectar deepfakes, Da Silva disse que todos precisaremos aprender como fazer essas perguntas importantes em torno do preconceito quando a IA estiver envolvida, começando pelos jovens. Ele disse:

“Os educadores precisam enfatizar a importância das habilidades de pensamento crítico quando se trata das interações dos alunos com a IA.”

Da Silva disse que também será importante considerar o usuário ao ensinar como interagir com IA; pois não existe uma solução única para todos. Ele disse que é importante ter diferentes níveis de comunicação com IA para diferentes tipos de alunos.

Outro aspecto importante para educadores e aqueles que lidam com as interações dos jovens com a IA são as relações emocionais que se podem desenvolver com uma IA.

Uma pesquisa recente do Digital Wellness Lab disse que as crianças podem formar RELAÇÕES PARASSOCIAIS ou ligações emocionais unilaterais com assistentes digitais habilitados para IA.

Citou um estudo com crianças de 6 a 10 anos, no qual 93% dos participantes disseram que um assistente digital com o qual estavam familiarizados era inteligente, com 65% respondendo que o dispositivo poderia ser um amigo.

Da Silva disse:

“Desenvolver uma conexão emocional com uma IA pode ajudar os alunos a investirem mais em seu aprendizado. Ao mesmo tempo, ter uma conexão emocional com algo como uma IA corre o risco de acreditar no que ela diz mais do que deveria.”

Nesses casos, a objetividade poderia desempenhar um papel menor porque esse tipo de ligação pode levar a sentir que a IA é uma autoridade confiável que não precisa de ser verificada – especialmente entre os jovens.

É um momento crítico para a sociedade, à medida que a evolução da IA continua à velocidade da luz, enquanto os humanos ainda tentam compreender a própria tecnologia. Contudo, este é um momento para que os jovens de hoje aprendam e se envolvam com segurança com uma ferramenta que muito provavelmente moldará o seu futuro.

Veja mais em: Inteligência Artificial (IA) | Notícias

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