O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido por muitos simplesmente como Lula, assinou uma legislação que esclarece os papéis que o banco central do país e o regulador de valores mobiliários assumirão em relação às criptomoedas.
Em uma notificação, o presidente Lula assinou o decreto do governo nº 11.563, estabelecendo regras sob uma lei de dezembro de 2022 sobre uma estrutura legal para criptomoedas no Brasil. A legislação autoriza o Banco Central do Brasil a regulamentar e supervisionar os provedores de serviços de ativos virtuais e garante que muitos projetos de tokens que se qualificam como valores mobiliários continuem sob a alçada da Comissão de Valores Mobiliários, ou CVM – o equivalente brasileiro da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos e Comissão de câmbio.
A CVM pretendia criar uma estrutura regulatória mais sintonizada com o volume de negociações de criptomoedas no país, bem como nos mercados emergentes. De acordo com o edital, o decreto entrará em vigor em breve sem impactar determinadas leis de defesa do consumidor e crimes financeiros.
O decreto veio em meio a expectativas de que o banco central do Brasil iniciaria um projeto piloto para uma moeda digital do banco central, ou CBDC, em colaboração com grandes empresas de pagamentos, incluindo Visa e Mastercard. O banco testará as funcionalidades de privacidade e programabilidade de sua plataforma para o possível lançamento de um real digital.
Com um dos maiores mercados da América do Sul, o Brasil abriga a exchange Mercado Bitcoin e licenciou provedores de pagamento estrangeiros, incluindo Crypto.com e Bitso. Em março, a exchange Coinbase anunciou que havia feito parceria com empresas locais para oferecer compras criptográficas para residentes brasileiros.