A segunda maior detentora de Bitcoin listada publicamente, a empresa de mineração de criptomoedas, Marathon Digital Holdings, se desfez de parte de seu Bitcoin (BTC) pela primeira vez em dois anos.
Um representante disse que isso não foi resultado de dificuldades financeiras.
De acordo com uma atualização publicada, a empresa divulgou que em janeiro vendeu 1.500 BTC, no valor de US$35,3 milhões a preços atuais.
Embora alguns mineradores de criptomoedas tenham sido forçados a vender Bitcoin devido a problemas, o vice-presidente de comunicações corporativas da Marathon, Charlie Schumacher, disse que esse não era o caso da empresa.
Schumacher disse que a Marathon estava entregando seu Bitcoin até agora, já que a empresa não queria vender enquanto a produção estava baixa e estava otimista com as perspectivas de longo prazo da principal criptomoeda.
Mas chegando no ano novo, a Marathon quer ter um “baú de guerra” de liquidez composto de dinheiro e Bitcoin e está procurando continuar pagando dívidas e aumentar suas posições de caixa.
Schumacher também observou que o recente aumento no preço do Bitcoin contribuiu para a decisão de vender algumas de suas participações.
O Bitcoin subiu acima do nível de preço de US$24.000 pela primeira vez desde agosto.
Mesmo após a venda, a Marathon conseguiu aumentar suas participações irrestritas em Bitcoin no mês para 8.090 BTC (US$189,8 milhões).
A Marathon disse que também aumentou significativamente a produção de Bitcoin ao longo de janeiro, produzindo 687 BTC, o que representa um aumento de 45% em relação ao mês anterior. Na atualização, o presidente e CEO da Marathon, Fred Thiel, observou:
“A melhoria em nossa produção de Bitcoin foi principalmente resultado da capacidade de nossa equipe de trabalhar em conjunto com o novo provedor de hospedagem em McCamey, Texas, para resolver a manutenção e problemas técnicos no data center de King Mountain que havia suprimido nossa produção de Bitcoin no quarto trimestre de 2022.”
No ano passado, a Marathon observou em uma atualização que a última vez que vendeu qualquer Bitcoin foi em 21 de outubro de 2020 e está em espera desde então.
Quando questionado sobre como conseguiu evitar a venda do principal produto de suas operações comerciais, Schumacher apontou para o baixo quadro de funcionários da empresa, composto por “32 pessoas até hoje”, e sugeriu que era resultado de estratégias financeiras sólidas de longo prazo.
A Marathon é a segunda maior detentora de Bitcoin listada publicamente, de acordo com a CoinGecko, atrás apenas da empresa de análise de software, MicroStrategy. Ela registrou um aumento significativo no preço de suas ações nos últimos dias, com as ações da MARA subindo 135% até agora este ano, para US$8.
