Um novo artigo científico revisado por pares, intitulado An integrated landfill gas-to-energy and Bitcoin mining framework, que apareceu na edição do Journal of Cleaner Production, demonstrou como a mineração de Bitcoin (BTC) pode reduzir as emissões de metano.
O artigo de pesquisa detalhou como os mineradores de Bitcoin estão posicionados de forma única para alavancar os sistemas “Landfill Gas to Energy” (LFGTE) que capturam e convertem gás metano de aterros sanitários em energia utilizável — sequestrando o gás de efeito estufa e reduzindo seus efeitos nocivos na atmosfera.
A mineração de Bitcoin apresenta a estrutura de incentivo adequada para um projeto de compromisso de longo prazo e de capital intensivo, que outras empresas privadas não têm devido à ausência de geração de receita sustentável e estratégias de recuperação de custos, argumentaram os autores do artigo. De acordo com os pesquisadores:
“Os incentivos econômicos do Bitcoin, disponíveis globalmente para mineradores em qualquer local, podem oferecer uma solução inovadora para incentivar a mitigação do metano sem a necessidade de incentivos governamentais — apresentando uma solução escalável e inovadora para rápida implantação.”
Além disso, os pesquisadores observaram que essa estrutura de incentivos não se limita às emissões de metano, mas também pode ser usada para reciclar energia subutilizada na forma de oleo órfão, poços de gás, estações de tratamento de águas residuais, fazendas e operações de processamento agrícola.
Em 2023, a MARA, anteriormente conhecida como Marathon Digital, se uniu à Nodal Power para minerar Bitcoin usando gás metano em Utah. Na época em que a iniciativa de 280 quilowatts foi anunciada pela primeira vez, o presidente e CEO da MARA, Fred Thiel, disse o seguinte:
“Na Marathon, estamos constantemente buscando maneiras inovadoras de diversificar nossas operações, reduzir nossos custos de energia e alavancar os aspectos exclusivos da mineração de Bitcoin para melhorar os ambientes em que operamos.”
Em maio de 2024, a empresa promoveu essa declaração de missão ao assinar um acordo com o governo queniano para desenvolver infraestrutura de energia renovável dentro do país.
O recente artigo de pesquisa que apareceu no Journal of Cleaner Production não foi o primeiro a abordar o tema de mineradores de Bitcoin reduzindo emissões ao reaproveitar fontes de energia subutilizadas.
Em 2023, um estudo de pesquisa publicado pelo Institute of Risk Management descobriu que as operações de mineração de Bitcoin poderiam reduzir as emissões globais em cerca de 8% até 2030.
