A startup de blockchain da IoT, Ubirch, e a Centogene, listada na Nasdaq, divulgaram em 17 de abril sua parceria. As empresas resolveram se juntar para tentar obter uma solução contra a pandemia. Tudo conforme as leis europeias de privacidade de dados.
CIO da Centogene, Volkmar Weckesser – o qual coletou os dados epidemiológicos, fenotípicos e genéticos de 500.000 pacientes em todo o mundo até agora – declarou:
“Os resultados dos testes SARS-CoV-2 podem ser acessados em todos os lugares à prova de falsificação – procurando o retorno à normalidade“.
A crise mundial causada pela pandemia do Coronavírus levou muitos defensores da privacidade a pensarem na blockchain como uma ferramenta muito útil que pode impedir um excesso de vigilância biológica.
Contudo, pode-se dizer que a coleta e análise de dados em massa tem sido a chave para combater a crise na saúde pública mundial. Assim, os sistemas de blockchain criptografados podem ajudar grandemente a diminuir os efeitos na privacidade das pessoas, especialmente quando se fala de dados de saúde pessoais.
Entretanto, há um longo debate sobre como a tecnologia blockchain relaciona-se com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR). O GDPR é uma estrutura legal histórica da União Europeia para privacidade de dados pessoais.
Dentre os direitos estabelecidos pela GDPR estão o direito de ser esquecido e outros quesitos, que a legislação impõe às empresas da UE. Pensando nisso, a discussão em questão é saber se as redes blockchain – que são notavelmente imutáveis e, portanto, não apagam dados – podem ser compatíveis com o GDPR.
Ubrich e Centogene declararam como solução:
“De acordo com os mais altos padrões de proteção de dados, os dados do usuário são armazenados apenas como valores de hash na blockchain e não podem ser interpretados sem a autorização do usuário.”
Como a solução funciona?
Conjuntamente, Centogene e Ubirch, desenvolveram o próprio teste SARS-CoV-2. O teste pode ser realizado nos próprios laboratórios da empresa. Então, a tecnologia blockchain é usada para juntar os resultados do teste digitalmente e dar aos indivíduos um certificado de blockchain verificável, sinalizando se o teste foi positivo ou negativo para o vírus.
“Essa forma de segurança distribuída já se comprovou em outros ambientes industriais. O procedimento baseado na IoT é ideal para proteger e verificar dados médicos”.
Ubirch e Centogene disseram que a blockchain também será perfeita para requisitos como prova de imunidade, com base em testes de anticorpos, oferecendo aos usuários um status verificado que pode ajudar a sociedade a “rapidamente levantar as restrições de bloqueio e seguir para medidas mais direcionadas“.
A Associação Internacional para Aplicativos Confiáveis de Blockchain noticiou sua parceria com a Comissão Europeia e a University College London. O objetivo é coordenar os fornecedores de soluções em blockchain que lidam com a pandemia de COVID-19.
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