O Blockchain não pode resolver tudo

O Blockchain não pode resolver tudo

Um manifestante contra a injustiça racial de Dallas provocou susto na comunidade criptográfica ao usar um poster escrito “Bitcoin Will Save Us” durante manifestações da semana passada. Apesar de ter sido uma atitude cheia de boas intenções, não foi certo trazer a criptomoeda para um contexto histórico muito maior que a tecnologia.

O Blockchain não pode resolver tudo

Comunidade criptográfica em apoio às manifestações

Depois do triste e trágico assassinato de George Floyd pela polícia, foram iniciados protestos no Estados Unidos com o objetivo de lutar contra a desigualdade e injustiça racial no país. A comunidade criptográfica mostrou grande apoio nas redes sociais, e muito provavelmente também em presença nas manifestações.

A indústria da criptomoeda se iniciou com a política anti-establishment, com liberdades civis e justiça econômica. Além disso, possui uma enorme diversidade de desenvolvedores, cientistas, estudantes, empresários e jornalistas do mundo inteiro. Uma característica da criptografia é ser um ramo completamente multirracial e repleto de diversidades.

As ideias do “Black Liver Matter” são apoiadas por vários líderes criptográficos. Esse movimento começou devido a opressão e enorme violência contra a população negra, e todos defendem esse grupo. As palavras de Martin Niemoeller do pós Holocausto se encaixam na situação atual: “Primeiro eles vieram para os comunistas e eu não falei nada…”

O blockchain mostra ser uma tecnologia aberta para pessoas marginalizadas, para quem não possui banco fixo e também para quem passou por discriminação institucionalizada, principalmente na área financeira.

Apesar de tudo isso, a bitcoin não deve ser mostrado como a resolução dessa difícil situação. Também não é hora de declarar o blockchain como o grande salvador de todos os problemas

Blockchain não é uma solução para o racismo

O blockchain possui uma enorme utilidade em diversos casos, em que alguns já estão em uso e outros ainda estão sendo criados. A tecnologia inovadora, capaz de quebrar padrões em setores de suprimentos, proveniência, eleições e gerenciamento de identidade, é capaz de trazer uma maior facilidade no dia a dia.

E mesmo assim, não possui a capacidade de mudar a história da injustiça racial, nem de melhorar as atitudes da sociedade e acabar com seus problemas. Não deve ser falado que o blockchain vai mudar o problema do racismo nos EUA e no mundo todo.

As soluções baseadas em blockchain não seriam capazes de evitar que o ex-policial de Minneapolis Derek Chauvin matasse Floyd. A violência está no ser humano, e somente nós podemos iniciar um processo para reverter essa situação.

O futuro do DLT parece brilhante, mas agora não é o momento para defendê-lo

Apesar de ainda não estar totalmente completo, o movimento blockchain sempre irá fazer parte da luta contra tamanha injustiça, para que seja possível uma melhoria na violência e na justiça de todo mundo. Com o crescimento da tecnologia, será possível a ajuda na criação e abertura de finanças e soberania sobre nossas identidades, que poderá melhorar as falhas de sistemas e instituições.

Mesmo que muito importante, a sociedade é que pode impulsionar mudanças comportamentais. Os políticos poderão ter que levar em consideração as consequências da imutabilidade de uma razão sobre o assunto, em que a própria humanidade irá lutar para isso.

A tecnologia blockchain é capaz de registrar os casos de violência policial, mas nunca poderá impedir. O blockchain pode fazer a gravação de um voto, mas não pode votar em você.

A família Floyd não merece apenas respostas sobre as soluções tecnológicas disponíveis. Toda comunidade blockchain está em apoio da DLT para que muitos desses problemas se encerrem na sociedade. Mas apenas nós podemos realizar mudanças efetivas para acabar com essas situações.

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