A capital nacional da Rússia vem assumindo o papel de liderança no que diz respeito a tornar a democracia um ato mais transparente. Para tal, a cidade de Moscou tem utilizado programa chamado Active Citizen, que permite que os residentes votem por medidas que vão desde o nome do seu novo metrô até a cor dos assentos de uma nova arena de esportes. Como forma acalmar as preocupações das pessoas acerca da nos projetos da cidade, introduziu-se a ele uma plataforma descentralizada, chamada “ethereum”, a uma versão privada da tecnologia Blockchain.
Para Andrey Belozerov, assessor de estratégias e inovações do CIO da cidade, nem todos os votos são confiáveis e foi por isso que houve a decisão de utilizar o sistema de blockchain como uma plataforma de confiança eletrônica para o projeto Active Citizen. A plataforma Ethereum, que permite a todos auditar os resultados que estão em código aberto, foi baixada por mais de 100 operadores de nó desde o início de dezembro. Desta forma, a cidade além de ganhar a confiança dos cidadãos de Moscou, espera ganhar a confiança dos governos estaduais em todo o mundo.
“A ideia é abrir todos os votos pelo sistema blockchain, para que, assim, todos possam se conectar à nossa rede e verificar o processo de votação.” Belozerov.
Adoção e escala
O programa Active Citizen foi lançado em 2014 e, inicialmente, tinha como objetivo proporcionar aos cidadãos de Moscou uma oportunidade de deixar sua opinião acerca da cidade, e até o programa Active Citizen já registrou 2 milhões de usuários. De acordo com Belozerov, o aumento da adoção da plataforma fará o teste de resistência perfeito. “No final do primeiro trimestre, determinaremos se ele funciona corretamente com nossas cargas”, disse ele. “Então, podemos desligar o modelo anterior do Active Citizen e usar definitivamente o sistema blockchain”. No entanto, Belozerov admite que o mais difícil é mudar a opinião dos líderes do governo quanto ao uso de tal tecnologia, mesmo assim ele concluiu: “vejo uma tendência muito forte para o movimento de diferentes países e empresas no uso dessa tecnologia”.