Os investidores estão se voltando para o ouro e o Bitcoin (BTC) em um chamado comércio de desvalorização, enquanto se preparam para um cenário catastrófico em meio às crescentes tensões geopolíticas, de acordo com um relatório do JPMorgan.
“As crescentes tensões geopolíticas provavelmente reforçarão o ‘comércio de desvalorização’, favorecendo assim o ouro e o Bitcoin.”
O chamado ‘comércio de desvalorização’ se refere a um pico na demanda por ouro causado por fatores que vão desde incerteza geopolítica estruturalmente maior desde 2022, até alta incerteza persistente sobre o cenário de inflação de longo prazo, até preocupações sobre […] déficits governamentais persistentemente altos nas principais economias.
O aumento do interesse aberto em futuros de BTC na Chicago Mercantile Exchange (CME) sugere que investidores institucionais especulativos, como fundos de hedge, podem ver ouro e Bitcoin como ativos semelhantes, de acordo com o relatório.
O interesse aberto líquido em futuros de BTC da CME aumentou de aproximadamente 10.000 contratos no início de 2024 para mais de 40.000.
“Além disso, o fato de que os ETFs Bitcoin começaram a ver entradas novamente em setembro após uma saída em agosto sugere que os investidores de varejo também podem ver ouro e Bitcoin de forma semelhante.”
Os ETFs de criptomoedas viram entradas de mais de US$20 bilhões em 2024, de acordo com dados do pesquisador de fundos Morningstar.
A Comissão de Valores Mobiliários (SEC) dos EUA deu sinal verde para ETFs spot de BTC e Ether (ETH) em janeiro e julho, respectivamente.
O “comércio de desvalorização” pode se tornar ainda mais pronunciado com Donald Trump sendo presidente dos EUA, afirmou o relatório.
“Uma vitória de Trump em particular, além de apoiar o Bitcoin de um ponto de vista regulatório, provavelmente reforçaria o “comércio de desvalorização” tanto por meio de tarifas (tensões geopolíticas) quanto por meio de uma política fiscal expansionista (“desvalorização da dívida”).”
Trump cortejou a indústria de criptomoedas com promessas de demitir o presidente da SEC, Gary Gensler, e tornar os EUA a capital mundial das criptomoedas.
