A Petro, criptomoeda venezuelana que supostamente tem como lastro o petróleo, acaba de ter seu comércio formalmente proibido por residentes norte-americanos.
O anúncio veio depois de uma ordem executiva da administração Trump que coloca a criptomoeda na lista dos itens proibidos por um novo conjunto de sanções do país americano.
“Todas as transações relacionadas a, provisão de financiamento e outras negociações, por uma pessoa dos Estados Unidos e/ou nos Estados Unidos, com qualquer moeda digital ou token digital, que foi emitida por, para, ou em nome da Governo da Venezuela em/ou após 9 de janeiro de 2018, são proibidos a partir da data efetiva deste pedido”, diz a ordem executiva.
A Venezuela anunciou sua própria criptomoeda, a Petro, em fevereiro, como parte de um esforço para contornar as sanções internacionais e dar início à sua economia. O presidente venezuelano, Nicolas Maduro, afirmou na época que apenas anunciar a moeda arrecadou US$ 735 milhões para o país.
A Petro terá seu preço vinculado ao custo atual do petróleo, um movimento que o governo espera que ajude a estabilizar a moeda digital e evitar a especulação desenfreada. Agora, antes mesmo de sair do chão, a Petro vai enfrentar um enorme obstáculo ao ser excluída do mercado dos EUA.
Comprar, vender ou negociar Petros é agora ilegal, embora o Departamento de Estado tenha aconselhado a população americana a não investir na moeda desde que foi apresentada. O departamento a chamou de “outra tentativa de sustentar o regime de Maduro, enquanto saqueia os recursos do povo venezuelano”.
A ordem executiva desta segunda-feira baseia-se nas sanções contra a Venezuela desde agosto lançada pela a administração Trump. Citando a conduta do regime de Maduro, incluindo a sua repressão contra os manifestantes. A Casa Branca colocou sanções econômicas que, entre outras medidas, suspenderam às empresas dos EUA de negociar as dívida da Venezuela.