Uma exchange de criptomoedas australiana teria tentado recuperar quase US$328.000 de um de seus usuários após um enorme engano ao creditar a conta.
De acordo com a ABC News, citando documentos judiciais, a Rhino Trading, proprietária da exchange OTCPro, creditou acidentalmente a um usuário US$653.000 (995.000 dólares australianos) em janeiro – em vez de US$65.300 (99.500 dólares australianos), devido a um erro.
A exchange afirma que depois de perceber seu erro, o usuário – Kow Seng Chai – não respondeu aos emails para devolver os fundos.
Documentos judiciais também afirmam que o usuário supostamente usou alguns dos fundos enviados por engano para comprar Tether (USDT) e sacar da exchange em lotes de US$100.000 – o limite diário máximo – acabando sacando cerca de US$626.700 (956.000 AUD) ao longo dos 10 dias.
A Rhino Trading alega ainda que em uma ligação para o número vinculado à sua conta, quem atendeu disse que não era o número de Chai.
Chai também não compareceu ao tribunal.
A Suprema Corte do estado de Victoria congelou os bens do homem e emitiu uma liminar para impedir que o homem deixasse o país.
O juiz, Michael Osborne, disse que há um risco real de alienação de ativos e justificou a inautenticidade dos extratos bancários quando deu ordens para congelar os ativos de Chai e impedi-lo de deixar a Austrália.
Enquanto isso, a exchange alegou uma perda de quase US$322.700 – o saldo restante da conta de Chai menos a soma dos fundos enviados indevidamente.
O erro do OTCPro ocorre dois anos e meio depois que a Crypto.com cometeu um erro semelhante com um de seus usuários.
Em maio de 2021, a Crypto.com enviou US$6,86 milhões (10,47 milhões de AUD) ao casal Thevamanogari Manivel e Jatinder Singh de Melbourne, em vez de um reembolso de US$100, depois que um trabalhador supostamente digitou um número de conta na seção de pagamento de uma planilha do Excel.
O casal alegou acreditar que se tratava de um prêmio em dinheiro e supostamente começou a gastar muito, comprando casas, carros e presentes para familiares.
Manivel foi condenado a uma ordem de prisão comunitária de 18 meses em setembro de 2023, enquanto Singh enfrentará uma audiência para o seu caso num tribunal de Melbourne em março.
