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Venezuela e Rússia negociam abandono do dólar americano pelo uso do Petro

Venezuela e Rússia negociam abandono do dólar americano pelo uso do Petro e Rublo Russo

A Venezuela, um país sul-americano envolvido em um amargo impasse político, está negociando com a Rússia o abandono da moeda Alfa na geopolítica financeira global, o dólar americano em contratos econômicos intergovernamentais. Isto foi dito pelo enviado da Venezuela para a ONU, Jorge Valero, que disse que os dois países estão em negociações sobre o uso do rublo russo.

Em 17 de maio, os dois, Caracas e Moscou, também estão discutindo o possível uso da criptomoeda apoiada pelo Estado da Venezuela conhecida como Petro.

O Petro – uma cobertura contra sanções dos EUA

O Petro da Venezuela foi anunciado em um discurso televisionado do presidente Nicolas Maduro em 3 de dezembro de 2017, e disse que a criptomoeda do Estado é apoiada por recursos minerais e de petróleo, como ouro e diamantes. O país planejou emitir 100 milhões de tokens.

Depois que o Petro foi lançado em fevereiro de 2018, o ministro do Comércio Exterior e Investimento Internacional da Venezuela, José Vielma Mora, anunciou que investidores estrangeiros do Brasil estavam prontos para investir US$ 300 milhões na Venezuela, começando com um investimento de US$ 100 milhões. Ele também mencionou que Dinamarca, Polônia, Noruega, Honduras e Vietnã estavam dispostos a receber Petro em troca de mercadorias.

A criptomoeda apoiada pelo Estado pretendia servir como um substituto para a moeda bolivar falida que foi corroída pela hiperinflação, ajudar a evitar as sanções dos EUA e dar ao país sul-americano acesso ao financiamento internacional.

“Em 2019, temos uma programação para [o petróleo] ser vendido em Petros e, desse modo, continuar a nos libertar de uma moeda que a elite de Washington usa”, disse Maduro em dezembro de 2018.

Venezuela e Rússia negociam abandono do dólar americano pelo uso do Petro e Rublo Russo
Venezuela e Rússia negociam abandono do dólar americano pelo uso do Petro e Rublo Russo.

Petro enfrenta fortes críticas

No entanto, Petro foi recebido com fortes críticas de dentro e fora do país. O partido de oposição da Venezuela alegou que o Petro é ilegal e não o reconheceria porque foi emitido por um governo em necessidade desesperada de dinheiro. Além disso, o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou uma ordem executiva proibindo os cidadãos americanos de investir ou realizar a transação por Petro.

Alguns países que foram sancionados pelos EUA estão analisando as criptomoedas como forma de contornar as sanções. O Irã é outro país que está usando criptomoeda para esse propósito. Pouco mais de uma semana, o 99cripto.com.br informou que o congressista americano Brad Sherman propôs a proibição de criptomoedas no país porque elas ameaçam a base de poder global dos EUA. Sherman percebe que o domínio global dos EUA está em muitos países, dependendo de sua moeda fiduciária para o comércio internacional.

Rússia e Venezuela: dois ovos na mesma cesta

As sanções internacionais impostas à Venezuela pelos EUA forçaram o país a suspender o uso do dólar para o comércio internacional. O país está usando o euro e está pagando por produtos importados com petróleo bruto. Em meio às sanções e à crise presidencial que abalou o país nos últimos meses, a inflação do país subiu para 10 milhões este ano, segundo previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O embaixador Valero disse que seu país está contando com a Rússia para reestruturar sua dívida externa estimada em cerca de US$ 140 bilhões. A Rússia também está em um barco semelhante. Algumas instituições financeiras do país da Europa Oriental foram sancionadas por sua disposição de financiar o Petro. Apesar do ceticismo em torno da criptomoeda, o presidente russo Putin estabeleceu recentemente um prazo em julho de 2019 para que as regras de criptomoedas fossem estabelecidas na Rússia.

Traduzido e adaptado de: atozmarkets.com

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