À medida que a inteligência artificial continua a desafiar os sistemas tradicionais de verificação de identidade, a Billions Network lançou um aplicativo de identidade móvel projetado para atender a essa crescente preocupação. Disponível para iOS e Android, o aplicativo permite que os usuários verifiquem sua identidade com segurança, sem depender de biometria invasiva ou hardware proprietário — um grande avanço para a privacidade e a autonomia digital.
Demonstrações recentes mostraram que a IA pode ser usada para falsificar documentos de identificação altamente convincentes. Em um desses casos, Borys Musielak, um investidor polonês, usou o ChatGPT para criar imagens realistas de documentos de identidade emitidos pelo governo que poderiam potencialmente contornar os sistemas KYC (Conheça seu Cliente) baseados em fotos. Essas vulnerabilidades destacam a necessidade urgente de métodos mais avançados e seguros de verificação digital.
A solução aborda esse problema de frente, combinando tecnologia NFC, detecção de presença e provas de conhecimento zero (ZKPs). Ao contrário dos sistemas tradicionais de KYC, que dependem de imagens carregadas ou escaneamentos faciais, o Billions verifica os dados do chip incorporado em passaportes e carteiras de identidade modernos. Isso garante que o documento seja real e fisicamente presente, reduzindo significativamente o risco de falsificação digital.

Evin McMullen, cofundador e CEO da Billions, disse:
“À medida que a IA continua a minar a confiança na verificação digital, nosso lançamento ajuda a restaurar a confiança, oferecendo uma maneira segura e privada para as pessoas provarem sua identidade.”
O aplicativo não armazena dados pessoais em servidores centralizados. Em vez disso, os dados do usuário são armazenados localmente no dispositivo e, opcionalmente, na nuvem, mas sempre criptografados com criptografia de ponta a ponta e as chaves privadas do usuário. Este modelo híbrido permite a sincronização entre vários dispositivos sem comprometer a privacidade dos dados.
- Sem biometria invasiva: o aplicativo não coleta nem processa impressões digitais, íris ou escaneamentos faciais, ao contrário de muitas outras plataformas de identidade.
- Verificações de presença: garantem que uma pessoa real esteja interagindo com o aplicativo, evitando fraudes baseadas em deepfakes.
- Verificação baseada em NFC: Ao aproximar seu passaporte ou documento de identidade do seu celular, o aplicativo lê dados assinados criptograficamente diretamente do chip.
Essa combinação cria um sistema resistente a vetores de ataque comuns, como falsificação de documentos, falsificação de identidade e conteúdo gerado por IA.
O aplicativo é alimentado pela infraestrutura do Privado ID e desenvolvido pela mesma equipe que contribuiu para o Circom, uma estrutura de código aberto amplamente respeitada para provas de conhecimento zero. Os ZKPs do Circom são usados por grandes plataformas como TikTok, Aptos e Worldcoin para processos de autenticação.
David Z, CEO do Privado ID, disse:
“Construímos esta plataforma para restaurar a confiança do usuário no mundo digital — sem comprometer a privacidade.”
Ao contrário de sistemas centralizados como o Worldcoin, que escaneia a íris dos usuários e armazena dados biométricos, o Billions mantém a identidade off-chain e sob o controle total do usuário.
O lançamento do aplicativo é apenas o começo. A equipe planeja lançar vários recursos adicionais nos próximos meses:
- Interface de carteira web: os usuários poderão acessar e gerenciar suas identidades a partir de navegadores de desktop.
- Serviço KYC institucional: empresas e plataformas poderão verificar usuários sem expô-los a riscos de privacidade.
- Estrutura DeepTrust: uma ferramenta futura que permite que agentes de IA tenham identidades on-chain vinculadas aos seus criadores humanos — oferecendo um novo nível de transparência e responsabilidade em sistemas de IA.
Além disso, os usuários são recompensados com “Power Points” por realizar verificações e indicar outras pessoas. Esses pontos podem ser posteriormente trocados por benefícios dentro do ecossistema, incluindo acesso antecipado a novos recursos e potenciais recompensas em tokens.
Ao evitar bancos de dados biométricos centralizados e permitir identidades seguras e verificáveis sem expor informações confidenciais, o mercado conhece um novo modelo de identidade na era da IA.