Por que investidores latinos tendem a comprar mais criptomoedas?

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Um estudo realizado pelo Centro de Governança de Câmbio (CGC) apontou que a confiança dos latino-americanos é grande nas criptomoedas. Prova disso é que investidores latinos tendem a comprar mais criptos.

Além disso, foi constatado que a procura por este ativo é muito maior do que na Europa e nos EUA. Moedas virtuais como Bitcoin e Ethereum são as mais cobiçadas.

O estudo relatado pela La Prensa ainda indica que investidores da Alemanhã, EUA e França tendem a descartar operações com criptos. Detre os espanhóis, por exemplo, apenas 13% se vê atraída para esse mercado.

Quando olhamos os países da América Latina, vemos que 75% dos brasileiros confiam nas moedas digitais. Além disso, no México esse índice passa para 78%, e na Argentina temos 79%. Qual será a razão disso?

A desconfiança na moeda local e a tendência de comprar mais criptomoedas

De acordo com o estudo publicado pela CGC, o principal motivo dessa confiança nas criptos está na desconfiança da população perante o próprio governo. Dessa forma, uma moeda virtual parece muito mais confiável que o dinheiro nacional.

Devemos lembrar que a América Latina foi e continua sendo palco de grandes crises econômicas. Assim a desvalorização da moeda nacional é algo recorrente por aqui. Nesse sentido, confiar em uma moeda descentralizada parece uma alternativa lógica por parte da população.

Além disso, o relatório aponta a ineficiência dos governos de resolverem as crises econômicas. Assim, devido a insatisfação da população, mais uma vez temos as criptomoedas como solução aos problemas enfrentados pela Estado.

Se pegarmos o caso da Venezuela, por exemplo, veremos que as medidas adotadas pelo governo estão sendo replicadas em outros países. A Argentina é uma forte candidata a ter o mesmo desfecho da Venezuela, pois notadamente as ações econômicas aplicadas por lá estão em pleno acordo com as aplicadas na Venezuela antes da crise.

As criptos são substitutas à moeda lastreada?

A resposta para essa pergunta é a mesma desde quando a primeira criptomoeda foi criada: não. Existe um longo percurso para que ocorra essa substituição do dinheiro lastreado pelas criptos. Porém, existe um esforço global para que isso ocorra o quanto antes.

É do interesse de muitas pessoas que as criptomoedas possam ser usadas no dia a dia. Algumas empresas já estão aplicando métodos de pagamentos baseados em Bitcoin, por exemplo. Porém, para vermos essas aplicações se tornarem comuns, muitos ajustes devem ser feitos.

Um problema que impede o livre uso das criptos é sua alta volatilidade. Como um vendedor terá confiança na quantia de dinheiro que ele recebeu se ela não para de oscilar? Assim, se recebeu um Bitcoin por um carro, por exemplo, e o Bitcoin acaba por despencar no mesmo dia, como ficará para ele?

Não existe uma forma fácil de solucionar esse problema, mas existem artifícios que podem acabar diminuindo bastante o risco da volatilidade. As mineradoras conseguem usar métodos para não saírem perdendo com a constante mudança de valor das criptos, mas a forma como fazem isso é assunto para um outro artigo.

Fonte: La Prensa

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