Os 3 maiores bancos do mundo, Chase, Bank of America e Citigroup proibiram seus clientes de comprar criptomoedas (Bitcoin e outras) utilizando o cartão de crédito. O mercado reagiu poucas horas depois do anúncio, recuando para baixo dos US$8,000 (menos da metade do valor cotado no meio de dezembro de 2017).
“Neste momento, não estamos processando compras de criptomoedas usando cartões de crédito, devido à volatilidade e ao risco envolvido”, disse um porta-voz da Chase à CNBC. “Vamos rever o problema à medida que o mercado evolua”.
Outros bancos já haviam tomado essa medida. A Capital One havia proibido desde o início desse ano a compra com cartões de crédito. A Discover já proibia desde 2015. Outros bancos e empresas de cartões relatam a preocupação com o consumidor, por fazer compras no impulso e depois não conseguir arcar com os pagamentos. Outra justificativa apresentada é que é uma segurança para que scammers, hackers ou criminosos façam compras com os cartões de seus clientes.
Mas a verdade é que os bancos e empresas de cartões não querem seus clientes investindo em fundos de investimento que eles não controlam ou que não ganham na corretagem. Ainda que algumas justificativas sejam legítimas, o investimento em criptomoedas ainda é de alto risco e deve ser feito por pessoas preparadas e que conhecem o mercado de blockchain e que saibam operar com criptomoedas.
No entanto, a proibição por alguns bancos e empresas é extremamente benéfico para os consumidores, investidores e para o mercado em geral. E o motivo pelo qual celebro essa proibição é: A compra de criptomoedas em cartões de crédito é muito cara.
No mercado norte-americano existem dezenas de alternativas para a compra das criptomoedas sem a necessidade de recorrer aos cartões de crédito. Agora, se você planeja realizar compras com o intuito de investir em algum ativo, você precisará recorrer a uma corretora de valores para realizar a compra ou venda. A maioria das corretoras aceitam a compra por meio de depósitos/transferências bancárias, cujas taxas são menores que as dos cartões de crédito. Algumas cidades contam até com caixas eletrônicos que permite a compra ou venda de bitcoin com a mesma facilidade com que você deposita e saca dinheiro do caixa do seu banco.
Já mercado brasileiro, a compra é ainda mais vantajosa se você evitar realizar com cartão de crédito. Isso porque além de escapar da variação cambial do dólar (que depende do acordo do cartão de cotação, ou seja, alguns cartões faturam no valor do dólar do dia e outros do no dia fechamento da fatura), você evita as taxas rotativas de crédito e de ocupação do seu limite de compras. As grandes corretoras brasileiras recebem pedidos de compra e venda por meio de depósito e transferência bancária.
A proibição dos bancos citados no início desse texto trouxe junto da queda do bitcoin e de outras criptomoedas, 2 grandes oportunidades. A oportunidade de compra com preço baixo e a oportunidade para desenvolvedores e empreendedores desenvolverem novas soluções para esse problema.
Para ver os gráficos de oscilação do Bitcoin, basta acessar esse link. Você pode conferir também a cotação das principais criptomoedas nesta página.