À medida que o interesse institucional nas criptomoedas cresce, alimentado pela introdução dos fundos negociados em bolsa (ETFs) Bitcoin e Ether nos Estados Unidos, os investidores e participantes da indústria estão debatendo acaloradamente o futuro das finanças descentralizadas (DeFi) e sua relação com as finanças tradicionais (TradFi).
No centro do debate está se o envolvimento institucional nas criptomoedas é ou não um resultado líquido positivo ou negativo para o espaço. Em uma entrevista recente, James Toledano, diretor de operações da plataforma de carteira de custódia Savl, compartilhou suas ideias sobre o futuro das finanças.
O executivo argumentou que o envolvimento institucional nas criptomoedas seria positivo para o crescimento das criptomoedas a longo prazo, dando um ar de legitimidade à classe de ativos nascente e à tecnologia subjacente nas mentes dos indivíduos apreensivos, especialmente nos grupos demográficos mais antigos.
Toledano reconheceu o potencial dessas grandes instituições para assumir o controle do espaço criptográfico, controlando a totalidade ou a maioria do fornecimento de ativos digitais. No entanto, ele disse que tal esquema era improvável, já que se fizessem isso, dariam um tiro no próprio pé, porque a maioria das pessoas não iria querer possuí-lo.
Em vez disso, é muito mais provável que as opções de autocustódia constituam a grande maioria do mercado, enquanto as instituições financeiras continuam a coexistir ao lado das finanças descentralizadas, interagindo com protocolos distribuídos naquilo que Toledano chamou de “NewFi” ou “novas finanças”. Ele acrescentou:
“Acho que se as instituições tivessem cerca de 20% desses ativos e os vendessem como ETFs spot, ou algo assim, então 80% estariam nas mãos do público. Faz sentido.”
De acordo com o último relatório semanal de entrada da CoinShares, os veículos de investimento em ativos digitais registraram entradas de US$1,35 bilhão durante o período de sete dias, impulsionadas principalmente por investidores nos Estados Unidos.
