A pesquisa inovadora em computação quântica da Alemanha pode levar a uma revolução na física de partículas com implicações para finanças, economia e criptomoedas. Pode ser hora de as empresas do setor de criptomoedas adicionarem diretores científicos e físicos de partículas aos seus portfólios.
Assim como o setor de tecnologia antes dele, as criptomoedas se autossustentaram com base em seus próprios feitos de engenharia e inovação. A engenharia e a inovação necessárias para inventar o blockchain e a criptomoeda são, sem dúvida, análogas ao advento da computação pessoal e da internet.
Nos últimos 20 anos, no entanto, o setor de tecnologia mudou para a ciência exata. Talvez seja hora das criptomoedas seguirem o exemplo.
Amazon, IBM, Google, Microsoft e Meta têm laboratórios de computação quântica. Algumas das pesquisas mais importantes no campo da física e da computação quântica saíram de grandes laboratórios de tecnologia.
A realização de cristais de tempo em um processador quântico em 2021, por exemplo, aconteceu principalmente no laboratório do Google. E tanto a Microsoft quanto a IBM contribuíram para expandir os limites da vantagem quântica em seus próprios laboratórios.
Em seu artigo intitulado “Vantagem quântica e estabilidade a erros em simuladores quânticos analógicos”, uma equipe de pesquisadores do Instituto Max Planck de Óptica Quântica demonstrou um caminho para a vantagem quântica sobre o que é chamado de problema do modelo de muitos corpos.
Vantagem quântica é um termo não científico que se refere a algo que um computador quântico pode fazer que um computador binário clássico não poderia fazer ou não poderia fazer rápido o suficiente para ser útil.
Os pesquisadores na Alemanha simularam uma configuração quântica que, de acordo com sua pesquisa revisada por pares, é teoricamente capaz de demonstrar uma clara vantagem quântica na área de problemas de muitos corpos. Mais significativamente, sua arquitetura particular atenuaria erros, um dos maiores problemas pendentes da computação quântica.
A vantagem quântica na área de problemas de muitos corpos poderia potencialmente derrubar o campo da física de partículas. Tudo, desde fusão a frio até teletransporte quântico, pode estar na mesa à medida que a humanidade expande sua capacidade de prever a física de partículas em escalas crescentes.
Se você viu o antigo videogame “Pong“, viu um simulador de física de partículas. O jogo desafia você a rastrear uma única partícula na forma de uma bola. Se você consegue imaginar tentar rastrear dezenas, milhares ou trilhões de partículas ao mesmo tempo, está chegando perto da física de partículas elementares e do problema de muitos corpos.
À medida que o número de partículas — ou corpos — aumenta, o problema de prever o movimento das partículas se torna intratável a ponto de falhar.
Podemos aplicar a física de partículas às finanças imaginando cada transação histórica, ativa e futura como uma partícula. Embora isso possa parecer pouco intuitivo, a aplicação de soluções físicas a problemas econômicos remonta à ciência. Na linguagem moderna, o termo “econofísica” foi cunhado para descrever o amálgama no início dos anos 1990, quando os computadores pessoais começaram a ganhar força.
Na mesma linha, não é difícil imaginar a “criptofísica” ganhando destaque conforme a computação quântica amadurece.
Hipoteticamente falando, um computador quântico capaz de demonstrar vantagem sobre computadores binários na resolução de problemas de muitos corpos seria ordens de magnitude mais capaz de prever movimentos de mercado do que qualquer supercomputador.
Transações de Bitcoin (BTC), por exemplo, devem ser fundamentalmente mais simples para um computador quântico suficientemente poderoso tratar como um problema de modelo de muitos corpos do que moeda fiduciária porque sabemos exatamente quanto bitcoin haverá.
