Com as Moedas Digitais do Banco Central (CBDC) sendo um ponto de foco em todo o mundo, várias autoridades bancárias de países produziram em conjunto um documento que discute longamente o tipo de moeda.
O Banco de Compensações Internacionais disse em um comunicado que um grupo de sete bancos centrais e o BIS haviam colaborado no relatório, “identificando os princípios fundamentais necessários para qualquer CBDC publicamente disponível para ajudar os bancos centrais a cumprir seus objetivos de política pública.” O BIS é uma instituição global que ajuda os bancos centrais nacionais.
CBDCs têm sido um tema quente em 2020, com vários países expressando interesse no tipo de ativo. A China avançou com planos para seu CBDC, o Yuan Digital, embora o banco central da China não tenha contribuído. A China está testando seu ativo digital e concluiu aproximadamente US$ 162 milhões em transações digitais em Yuans.
O Banco da Inglaterra, o Federal Reserve dos EUA e o Banco do Japão estão entre os órgãos governantes envolvidos na elaboração do documento, intitulado: Moedas digitais do banco central: princípios fundamentais e características essenciais. No entanto, a declaração do BIS deixou claro que as partes envolvidas não haviam incluído opiniões no relatório sobre o lançamento de tal moeda, nem especificaram quaisquer planos firmes para a produção de tal ativo.
O relatório esclareceu:
“Não é sobre se ou quando emitir um CBDC. Os bancos centrais tomarão essa decisão para suas jurisdições (em consulta com governos e partes interessadas). Nenhum dos bancos centrais que contribuíram para este relatório chegou a uma decisão sobre se deve ou não emitir um CBDC.”
O relatório listou um trio de princípios fundamentais necessários sobre os quais um futuro CDBC, e seu ecossistema relacionado, deve ser fundado, se tal ativo surgir.
“Um banco central não deve comprometer a estabilidade monetária ou financeira emitindo um CBDC; (ii) um CBDC precisaria coexistir e complementar as formas existentes de dinheiro; e (iii) um CBDC deveria promover inovação e eficiência.”
O documento esclareceu que os componentes vitais dos CBDCs sólidos incluem conversibilidade, conveniência, segurança, velocidade, escalabilidade, solidez jurídica e várias outras categorias.
O banco central do Brasil também manifestou interesse em um CBDC nos últimos meses, embora o relatório também não tenha listado o banco central do Brasil como contribuinte. Em contraste, o Banco do Japão agracia a lista de contribuintes informados. O Japão possui uma equipe encarregada de estudar CBDCs.