Macro Markets, apresentado pelo analista Marcel Pechman, vai ao ar todas as sextas-feiras no YouTube e explica conceitos complexos em termos leigos, com foco na causa e efeito de eventos financeiros tradicionais na atividade de criptomoedas do dia-a-dia.
O mais recente programa começa explorando por que a capitalização do mercado criptográfico está cerca de 60% abaixo de sua máxima histórica, enquanto o S&P 500 está a menos de 15% de seu pico. Para Pechman, o setor sofre com um grande problema, pois não cabe uma commodity nem cabe uma moeda estrangeira. Além disso, nem todo fundo mútuo pode conter criptomoedas.
A lição? Se Bitcoin (BTC) e Ether (ETH) forem entendidos principalmente como ativos de risco alternativos, é assim que eles serão negociados. Consequentemente, não se deve perder tempo procurando teorias que expliquem por que as criptomoedas não conseguiram quebrar novos recordes.
No próximo tópico, as perdas de vendas a descoberto de US$2,3 bilhões da NVidia não fornecem a imagem real. Isso ocorre porque um vendedor a descoberto pode enfrentar problemas se não fechar o empréstimo – portanto, desde que tenha depósitos de garantia suficientes, essas perdas ainda estão em aberto.
Isso é semelhante ao que um comprador que pagou um preço muito mais alto por sua criptomoeda está experimentando. Até que essa pessoa faça a venda, as perdas não são concretas. A diferença é que o vendedor a descoberto precisa encontrar alguém disposto a emprestar essas ações para manter o negócio aberto.
Um artigo da Bloomberg mencionou que a Nvidia é a quarta ação mais vendida nos Estados Unidos, atrás da Apple, Tesla e Microsoft. De acordo com Pechman, as quatro ações mais vendidas também são as 10 principais componentes do S&P 500, o que leva a um problema: esses vendedores a descoberto podem ter sido neutros no mercado o tempo todo, comprando futuros de índices e vendendo ações individuais.
Por fim, o programa debate o crescimento de 5% da China, decepcionando os investidores e suas consequências para os mercados. Para Pechman, a notícia mais importante é a relutância da China em emitir novos pacotes de estímulo, o que pode ser uma estratégia para enfraquecer ainda mais as economias globais remanescentes.
O artigo mostra como a China é um jogador-chave em commodities globais. Se os preços das commodities e a balança comercial global continuarem a enfraquecer, isso significa menos receita tributária para esses outros governos. Pechman destaca que a Alemanha acaba de entrar em uma recessão técnica, e os EUA estão logo atrás.
Pechman acredita que o resultado das criptomoedas é inicialmente negativo, pois drena a liquidez dos mercados e os investidores buscarão ainda mais títulos e dinheiro do governo de curto prazo. Mas se o dólar americano perder força, isso é positivo para as criptomoedas no médio prazo.
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