Em declarações ao Financial Times, Ellis observou que a utilidade das criptomoedas vem de sua volatilidade, apresentando assim a classe de ativos como uma oportunidade de negociação viável. De acordo com o CEO do maior fundo de hedge de capital aberto do mundo:
“Se você olhar para as criptomoedas como um todo, verá que é um instrumento de negociação puro. Não há nenhum valor inerente nisso.”
Apesar de ser uma comparação antiquada, as criptomoedas e o Bitcoin (BTC), em particular, são frequentemente comparados ao “Tulipmania”.
Ellis afirmou que seu fundo de hedge de US$127 bilhões está feliz em negociar criptomoedas, já que há liquidez para apoiar as apostas longas ou curtas, dada a ação instável do preço das criptomoedas. Para Ellis, o envolvimento das criptomoedas do Man Group não constitui um endosso das criptomoedas como uma classe de ativos.
De acordo com o CEO do Man Group:
“O fundo de hedge não oferece criptomoedas como um produto de gerenciamento de ativos, mas é um dos mais de 800 mercados em que a empresa opera.”
Comentando sobre a tese de investimento em criptomoedas prevalecente, Ellis identificou a inflação como a principal razão pela qual as criptomoedas estão se tornando mais populares dentro de carteiras de ativos.
De fato, os proponentes do Bitcoin dizem que o BTC oferece uma proteção contra a inflação e a desvalorização monetária, especialmente em meio aos atuais esforços de recuperação econômica em todo o mundo para lidar com a pandemia COVID-19.
Os comentários de Ellis vêm à medida que mais fundos de hedge estão se tornando ativos no espaço de investimento em criptomoedas. Em junho, os administradores de fundos de hedge nos Estados Unidos esperavam manter mais de 10% de seus ativos em criptomoedas.
O Bitcoin e o mercado de criptomoedas, que caíram mais de 50% desde maio, foram identificados como uma oportunidade de investimento para grandes apostadores em antecipação a um retorno aos movimentos de preços parabólicos até o final do ano.
