O Telegram está pronto para construir um conjunto de ferramentas descentralizadas, incluindo carteiras sem custódia e exchanges descentralizadas, disse o fundador, Pavel Durov, por meio de seu canal.
De acordo com Durov, a iniciativa é uma resposta ao recente colapso do FTX, já que a indústria acabou concentrada nas mãos de poucos para abusar de seu poder. Como resultado, muita gente perdeu seu dinheiro quando a FTX, um das maiores exchanges, faliram.
O anúncio ocorre semanas após o lançamento do Fragment, uma plataforma de leilões descentralizada para nomes de usuário exclusivos baseados na rede aberta, ou TON, blockchain de camada 1. De acordo com Durov, a Fragment viu US$50 milhões em nomes de usuários vendidos em menos de um mês.
Além de fundar o Telegram e o Fragment, Durov também estava por trás da primeira versão oficial do blockchain TON. Sobre as novas ferramentas descentralizadas que estão sendo desenvolvidas, ele disse:
“A solução é clara: os projetos baseados em blockchain devem voltar às suas raízes – descentralização. Os usuários de criptomoedas devem mudar para transações sem confiança e carteiras auto-hospedadas que não dependem de terceiros.”
Durov também comentou sobre as ineficiências das plataformas legadas, mencionando especificamente o Ethereum:
“O Ethereum infelizmente permanece desatualizado e caro mesmo após seus ajustes recentes.
O tempo em que as ineficiências das plataformas legadas justificavam a centralização deveria ter acabado. Com tecnologias como a TON atingindo seu potencial, a indústria de blockchain deve ser finalmente capaz de cumprir sua missão principal – devolver o poder às pessoas.”
A ferramenta mais recente lançada pela equipe do Telegram, Fragment, foi construída em cinco semanas com cinco pessoas trabalhando na solução, de acordo com Durov. A ideia foi lançada pela primeira vez no final de agosto, com a equipe com o objetivo de usar contratos inteligentes do tipo NFT para leiloar nomes de usuário muito procurados. O Fragment foi lançado logo após a TON Foundation lançar o TON DNS, permitindo que os usuários atribuam nomes legíveis por humanos a carteiras criptográficas, contratos inteligentes e sites.
