Se parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é!
Uma Instituição financeira que operava ilegalmente no Brasil foi fechada após roubar mais de 55 mil investidores em cerca de US$ 200 milhões num esquema de pirâmide.
A quadrilha administrava uma instituição financeira sem autorização do Banco Central do Brasil. Os golpistas alegaram oferecer investimentos em criptomoedas e prometeram aos investidores retornos de 15% sobre seu capital, informa o jornal Correio Do Povo.
A Receita Federal informou que a empresa conseguiu levantar cerca de R$ 850 milhões (US$ 210 milhões) até fevereiro de 2019 de possíveis investidores. As autoridades acreditam que o número pode estar mais perto de R$ 1 bilhão (US$ 248 milhões).
A operação ilegal já foi desmantelada após uma operação conjunta entre a Polícia Federal do Brasil e a Receita Federal. A Operação Egypto executou 10 mandados de prisão e 25 ordens de busca e apreensão em oito cidades brasileiras, incluindo Novo Hamburgo, onde os negócios da quadrilha se baseavam.
O delegado Eduardo Dalmolin Boliis, da Delegacia de Repressão a Corrupção e Crimes Financeiros da PF, destacou que investir em criptomoedas não é realmente ilegal. No entanto, “o problema com essa empresa é que ela estava agindo sem autorização”, disse ele no relatório.
Após a operação das investigações da Egypto, as autoridades descobriram que o grupo não estava investindo em criptomoedas. Em vez disso, o grupo estava colocando-o em uma série de investimentos de baixo rendimento e taxa fixa, e gastando em itens de luxo, como carros, imóveis e jóias, entre outras coisas.
As autoridades apreenderam os ativos financeiros da empresa, dezenas de imóveis, 36 veículos de luxo e uma quantia não revelada de dinheiro.
O grupo também está sendo investigado por gestão fraudulenta, apropriação indébita financeira, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Este não é o primeiro crime relacionado a criptomoeda no Brasil, no início deste ano as autoridades brasileiras prenderam um homem sob suspeita de administrar uma rede de tráfico de drogas e lavar dinheiro com Bitcoin.
Na ocasião, a polícia apreendeu mais de R$ 250.000 (US$ 63.000) em equipamentos usados para mineração de Bitcoin.
Traduzido e adaptado de: thenextweb.com