Entidades de finanças centralizadas (CeFi) são o maior alvo para hackers de criptomoedas em 2024.
Mais de 70% dos fundos perdidos por meio de hacks de criptomoedas são roubados de entidades CeFi, de acordo com Deddy Lavid, cofundador e CEO da empresa de segurança Web3, Cyvers.
O CEO disse que as entidades CeFi são responsáveis por cerca de 70% dos incidentes, tanto em termos de fundos perdidos quanto em quantidade de explorações:
“CeFi é aproximadamente 70% do cenário de incidentes. Dito isso, os ataques contra projetos baseados em contratos inteligentes estão aumentando. As maiores vulnerabilidades de segurança hoje decorrem tanto do código quanto da negligência pessoal.”
A Cyvers anunciou uma parceria com a blockchain de camada 1 Arthera Chain, para aprimorar a segurança da Web3, fornecendo detecção de ameaças em tempo real e soluções abrangentes de monitoramento.
Plataformas CeFi como exchanges centralizadas de criptomoedas (CEXs) estão sendo cada vez mais alvos de hackers.
Em julho, um hacker roubou mais de US$230 milhões da WazirX, uma exchange de criptomoedas indiana, no segundo maior hack de criptomoedas de 2024 até agora.
Para melhorar essas vulnerabilidades, a indústria precisa de uma abordagem mais holística para a segurança Web3, de acordo com Lavid da Cyvers, que disse:
“Abordar essas vulnerabilidades requer uma mudança para uma abordagem mais madura e consciente para a segurança. Proteger redes inteiras, não apenas projetos individuais, e focar em fatores tecnológicos e humanos são etapas essenciais nessa direção, especialmente porque as redes L2 continuam a crescer.”
Os hackers de criptomoedas podem estar preparados para um ano mais lucrativo em 2024 em comparação a 2023, com hackers roubando US$542,7 milhões em ativos digitais no primeiro trimestre de 2024 — um aumento de 42% em comparação ao mesmo período em 2023.
Embora o sucesso dos hackers dependa de cada projeto individual, as integrações de inteligência artificial podem reforçar ainda mais a segurança da Web3, de acordo com Lavid:
“Com a integração de IA e monitoramento em tempo real, pretendemos ficar à frente dessas ameaças. A mudança para proteger redes inteiras, não apenas projetos individuais, é crucial. Essa abordagem, especialmente dentro da onda crescente de redes L2, aumenta nossa capacidade de proteger ativos e mitigar riscos, tornando cada vez mais desafiador para os hackers terem sucesso.”
Durante o ano passado, a segurança de contratos inteligentes viu melhorias, o que levou os hackers a procurar alvos mais fáceis, como chaves privadas.
Mais de 55% dos ativos digitais hackeados foram perdidos para vazamentos de chaves privadas durante 2023, enquanto as vulnerabilidades de contratos inteligentes caíram 92% para US$179 milhões em 2023, abaixo dos impressionantes US$2,6 bilhões em 2022.
