As startups criadas ou lideradas por mulheres receberam 6,43% dos US$27,85 bilhões em investimentos de capital de risco (VC) da Web3 nos últimos dois anos.
De acordo com um relatório da Bitget Research, as startups Web3 lideradas por mulheres receberam US$1,77 bilhão dos US$27,85 bilhões em financiamento de capital de risco da Web3 do primeiro trimestre de 2022 ao terceiro trimestre de 2023.
Isso significa que as startups lideradas por homens receberam US$26,08 bilhões em financiamento. Simultaneamente, as startups Web3 lideradas por mulheres representavam pouco menos de 9% de todas as empresas iniciantes do setor.
Para efeitos do estudo, uma “startup de blockchain liderada por mulheres” referia-se a uma startup de blockchain onde pelo menos 50% de seus executivos eram mulheres.
Independentemente do gênero, o financiamento de capital de risco para empresas de blockchain entrou num amplo declínio a partir de 2022, com o financiamento total a cair de cerca de 6,4 mil milhões de dólares no primeiro trimestre de 2022 para um mínimo de 2 mil milhões de dólares no segundo trimestre de 2023, antes de recuperar ligeiramente no trimestre seguinte. Apesar da recuperação, os pesquisadores observaram:
“8,2% do financiamento para startups de blockchain lideradas por mulheres no terceiro trimestre de 2023 é 2,5 vezes menor do que o valor geral para startups em vários campos (20,3%). Isto indica a necessidade de medidas abrangentes para aumentar a inclusão e acessibilidade da esfera blockchain para as mulheres.”
Conforme contado por Bridget Greenwood, fundadora da The Bigger Pie, uma organização de networking com sede no Reino Unido que apoia mulheres no blockchain globalmente, a quantidade de financiamento geral de capital de risco alocado para mulheres no país é ainda menor:
“Tropecei na estatística terrível de que de todo o financiamento de capital de risco (no Reino Unido), apenas 3% vão para fundadoras mulheres, 8% vão para equipes mistas e o restante vai para equipes exclusivamente masculinas.”
Uma equipa de investigadores canadianos e americanos conduziu uma experiência que descobriu que os capitalistas de risco, que são predominantemente homens, são tendenciosos contra as demonstrações de comportamentos estereotipados femininos por parte dos empresários.
