Nicolas Maduro ordena que bancos adotem a Petro como unidade de conta, enquanto o país luta para sair de uma grave crise política e econômica.
Os bancos públicos e privados devem agora refletir todas as informações financeiras em bolívares e Petros, de acordo com uma resolução do regulador bancário de Sudeban.
A medida é parte das tentativas desesperadas de Maduro para evitar cinco anos de recessão e a inflação que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê atingir um milhão por cento neste ano. Mais de dois milhões de pessoas fugiram do país após a crise.
A Venezuela também lançou uma nova moeda que retirou cinco zeros da antiga mas que obviamente não resolveu em nada o problema econômico do país.
O plano econômico também inclui um aumento de 3.400% no salário mínimo e um aumento nos impostos sobre a gasolina, que há anos são os mais baratos do mundo.
O presidente socialista, eleito para mais um mandato de seis anos nas eleições de maio, rejeitado por grande parte da comunidade internacional como fraudulenta, fixou a moeda governamental à Petro, que é amplamente desacreditada no país e que por sua vez está ligada ao preço do barril de petróleo venezuelano (cerca de US$ 60).
O imposto sobre valor agregado, ou IVA, também está subindo de 12% para 16%.
Maduro lançou separadamente uma oferta de títulos apoiados por pequenas barras de ouro, ele disse que promoveria a poupança entre os venezuelanos, que veem a moeda local evaporando com a hiperinflação.
“Ninguém pode dizer que o ouro perde seu valor”, disse Maduro na TV estatal, enquanto mostrava duas cartas com o emblema do banco central e alguns retângulos dourados que ele chamava de “lingoticos” (pequenas barras de metais).
A emissão, apoiada em pedaços de 1,5 e 2,5 gramas (0,05 e 0,09 onças) de ouro, começará em 11 de setembro.