A OpenAI, fabricante do popular chatbot ChatGPT – uma ferramenta de inteligência artificial (IA) de processamento de linguagem natural – está enfrentando uma ação coletiva na Califórnia por supostamente extrair informações privadas de usuários da Internet.
A ação foi movida no Tribunal Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Norte da Califórnia pela Clarkson Law Firm. Assim, o OpenAI violou os direitos autorais e a privacidade de milhões de usuários da Internet.
Os 16 demandantes nomeados no caso alegam que a OpenAI acessou ilegalmente informações privadas de interações de indivíduos com o ChatGPT. Se essas alegações forem comprovadas, o acusado estará violando a Lei de Fraude e Abuso de Computador – uma lei com um precedente para casos de web-scraping. A Microsoft, um grande investidor da OpenAI, também foi nomeada ré.
O processo também alega:
“Os produtos da OpenAI usam informações privadas roubadas, incluindo informações de identificação pessoal, de centenas de milhões de usuários da Internet, incluindo crianças de todas as idades, sem seu consentimento ou conhecimento informado. Ao coletar dados pessoais anteriormente obscuros de milhões e apropriar-se deles para desenvolver uma tecnologia volátil e não testada, a OpenAI colocou todos em uma zona de risco incalculável – mas inaceitável por qualquer medida de proteção e uso responsável de dados.”
A tecnologia IA ganhou muita força no ano passado devido à enorme popularidade do ChatGPT. A ascensão da IA também incitou governos em todo o mundo a tomar conhecimento, como os EUA e a União Europeia já propondo legislação para regular a indústria nascente.
Em junho, um conjunto bipartidário de legisladores dos EUA apresentou a Lei da Comissão Nacional de IA, que estabeleceria uma comissão para estudar a abordagem do país em relação à IA. Da mesma forma, o Parlamento Europeu aprovou a Lei de Inteligência Artificial recentemente. A legislação estabeleceria uma estrutura para governança e supervisão da indústria de IA na UE.
