Privacidade de dados volta a ser tema de discussões

Privacidade de dados

Em meio a pandemia global do COVID-19, governos de todo o mundo estão rastreando os passos das pessoas com o intuito de combater a doença. No entanto, isso coloca a privacidade de dados em xeque, o que tem causado bastante polêmica na comunidade cripto.

No dia 17 de março, houve uma publicação do Washington Post onde o governo dos EUA estaria querendo negociar com o Google e o Facebook acerca dos dados de localização dos usuários de celular. Dessa forma, seria possível determinar se as pessoas estão, de fato, se isolando durante o surto da doença.

No entanto, os grandes nomes do criptomercado sempre estão lutando contra esse tipo de invasão à privacidade de dados, pois compreendem o que tanto poder nas mãos dos governos pode acarretar para a população.

Navegador Brave, privacidade de dados e COVID-19

O navegador Brave, que faz uso de blockchain e é 100% focado em privacidade de dados, entrou na discussão. Segundo os representantes da empresa, é importante que as autoridades processem as informações de maneira anônima, impossibilitando a coleta de dados pessoas da população.

Privacidade de dados

Essa atitude, por si só, já ajudaria muito na obtenção das métricas desejadas pelos EUA, se elas forem, é claro, apenas dados acerca da quarentena. Assim é possível haver harmonia entre a privacidade de dados e o combate ao COVID-19, no ponto de vista da Brave.

Além disso, para David Birch, uma figura de extrema importância para as novas tecnologias digitais, a geolocalização durante o surto faz todo o sentido. No entanto, seu argumento consiste de que todos nós estaríamos dispostos a abrir mão de nossa privacidade, por tempo limitado, para ajudar a parar a propagação do vírus pelo mundo.

Além disso, Birch “tem certeza” de que a maioria das pessoas aceitaria tal decisão, e acredita que todos estamos disponíveis à servir interesses mais amplos da sociedade. Ele pode estar totalmente enganado.

Mesmo se tratando de uma atitude para fins superiores, não há nenhuma garantia de que as pessoas irão colaborar para isso. Da mesma forma, forçar as pessoas a liberarem dados pessoais fere tanto a ética quanto as leis da maioria dos paises.

Desculpa para controlar cidadãos

A startup Own Your Data planeja realizar uma cúpula sobre privacidade de dados e saúde. No entanto, representantes da empresa já informaram que mesmo em estado de emergência ainda há estruturas legais e éticas acerca do assunto. Ou seja, os governos não têm isenção de pena ao realizarem invasão de privacidade.

A diretora global da criptomoeda BTSE, Lina Seiche, apontou que ações de rastreamento de celulares estão ocorrendo por todo o mundo. Além disso, tanto pessoas infectadas quanto saudáveis estão sendo monitoradas pelos governos. Afirma, ainda, que nossos dados foram coletados por anos, e que era necessário uma “emergência” para serem utilizados sem escrúpulos.

No entanto, Lina também teme um possível abuso das autoridades com relação à privacidade de dados, pois sempre contarão com a desculpa de “emergência” para fazerem o que quiserem com os dados de seus cidadãos. Dessa forma, segundo seu entendimento do caso, pode ser um caminho sem volta para a população.

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