As taxas de transação da Ethereum (ETH) excederam as da rede Bitcoin (BTC) por dois meses consecutivos. Messari tweetou sobre, observando que é o período mais longo que a receita da taxa de transação da Ethereum excedeu a do Bitcoin na história do ativo.
As taxas de Ethereum dispararam para novos máximos em agosto, quando a bolha das finanças descentralizadas (DeFi) começou a entrar em alta velocidade. Os contratos inteligentes que sustentam os protocolos DeFi normalmente requerem a execução de várias transações Ethereum, exacerbando o congestionamento da rede.
As taxas médias de Ethereum atualmente estão em cerca de US$ 2, abaixo do recorde de setembro, acima de US$ 14.
O aumento nos custos de transação reacendeu um debate vigoroso dentro da comunidade Ethereum sobre como a rede deve se adaptar nesse ínterim antes da conclusão da implantação da ETH 2.0, que atualmente é esperada em 2022.
Recentemente, o desenvolvedor do ConsenSys, Tim Beiko, publicou os resultados de uma pesquisa avaliando o sentimento de 25 equipes baseadas no Ethereum em relação ao que é conhecido como Ethereum Improvement Proposal (EIP) -1559.
EIP-1559 propõe reformar o mercado de taxas da Ethereum para adotar uma taxa de rede de taxa fixa para cada bloco, incluindo uma pequena gorjeta para os mineiros. Uma parte das taxas seria queimada de acordo com os níveis de congestionamento no momento da criação do bloco.
Dos entrevistados, 60% responderam a favor do EIP-1559, com cerca de 13% expressando sentimento negativo e 27% oferecendo uma opinião neutra. As equipes incluíam exchanges, carteiras, aplicativos on-line e mineradores. Os desenvolvedores responderam favoravelmente à previsibilidade do preço do gás do EIP-1559 e ao mecanismo de queima. Beiko relatou:
“Os principais benefícios que os projetos veem com o EIP-1559 são a previsibilidade dos preços do gás, especialmente para projetos que os estabelecem para seus usuários, e o fato de que o ETH é queimado em cada transação.”
No entanto, dúvidas frequentemente expressas em relação ao EIP-1559 incluíam o possível impacto sobre a receita dos mineiros, preocupações em torno de sua implementação e a falta de especificações formais em torno da proposta.
Sem surpresa, oito das nove empresas de mineração consultadas afirmaram que rejeitariam o EIP-1559 se fosse introduzido como um fork rígido.
