Sam Bankman-Fried, ex-CEO da FTX, teria reconsiderado sua decisão anterior de contestar a extradição e deve comparecer ao tribunal nas Bahamas para buscar uma reversão, informou a Reuters, citando uma pessoa familiarizada com o caso.
Ao consentir com a extradição, Bankman-Fried poderia comparecer a um tribunal dos Estados Unidos. Ele enfrenta acusações de conspiração para cometer fraude eletrônica em clientes e credores, fraude de valores mobiliários, fraude de commodities, lavagem de dinheiro e conspiração para fraudar os Estados Unidos e violar a lei de financiamento de campanha.
A mudança segue a negação da fiança do Bankman-Fried em 13 de dezembro de 2022 devido ao “risco de fuga”. Os advogados do ex-CEO argumentaram que SBF não possuía antecedentes criminais e sofria de depressão e insônia. Um segundo pedido de fiança foi arquivado na Suprema Corte das Bahamas em 15 de dezembro de 2022.
Se condenado, Bankman-Fried pode pegar 115 anos de prisão. No entanto, há muito o que resolver no caso até que ele receba uma sentença final nos próximos meses ou mesmo anos, disseram comentaristas jurídicos.
O ex-promotor federal, Mark Cohen, foi contratado pelo ex-CEO da FTX para atuar como seu advogado de defesa. Cohen é o cofundador do escritório de advocacia Cohen & Gresser e foi membro da equipe de defesa no caso de tráfico de crianças de alto perfil de Ghislaine Maxwell.
Bankman-Fried está detido na prisão de Fox Hill, a única prisão nas Bahamas. De acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA divulgado em 2021, as condições de Fox Hill eram duras e superlotadas, com saneamento e nutrição precários. Os detentos teriam sido agredidos fisicamente por agentes penitenciários.
A ex-CEO da Alameda Research, empresa irmã da FTX, Caroline Ellison, também formou uma equipe de defesa. Stephanie Avakian, ex-reguladora de criptomoedas da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), representará Ellison em uma investigação federal em andamento. Avakian é atualmente presidente de Valores Mobiliários e Serviços Financeiros do escritório de advocacia WilmerHale. Em sua função na SEC, ela expandiu a supervisão de criptomoedas na Divisão de Execução.
