De acordo com novos processos judiciais, o desgraçado fundador da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF), estará sujeito ao confisco de aproximadamente US$700 milhões em ativos se for considerado culpado de fraude.
Em um documento judicial arquivado, o promotor federal dos EUA, Damian Williams, destacou que o “governo notifica respeitosamente que a propriedade sujeita a confisco” abrange uma longa lista de ativos em moeda fiduciária, ações e criptomoedas.
Os registros afirmam que a maioria dos ativos foi apreendida pelo governo, enquanto também está tentando reivindicar todo o dinheiro e ativos pertencentes a três contas separadas da Binance.
Olhando para a lista de ativos apreendidos, as maiores alocações incluem 55.273.469 ações da Robinhood (HOOD) no valor de aproximadamente US$525,5 milhões no momento – US$94,5 milhões no Silvergate Bank – US$49,9 milhões no Farmington State Bank e US$20,7 milhões na ED&F Man Capital Markets.
O governo apresentou uma ordem de confisco neste caso, alegando que esses ativos foram obtidos ilegalmente por meio do uso de depósitos de clientes.
Enquanto membros do círculo interno da SBF, como Caroline Ellison e Gary Wang, confessaram e cooperaram com os promotores sobre seus papéis no colapso da FTX, o próprio homem se declarou inocente de todas as oito acusações criminais feitas contra ele.
FTX atraiu investidores africanos com marketing de hedge de inflação
Em outras notícias relacionadas à FTX, uma reportagem do Wall Street Journal (WSJ) destacou o marketing que a exchange lançou na África não muito antes de falir em novembro.
A campanha em questão divulgou as stablecoins atreladas ao dólar como investimentos mais seguros do que as moedas locais em relação à inflação, ao mesmo tempo em que promoveu o potencial de ganhar 8% ao ano por meio de programas de recompensas de apostas.
Embora esses sentimentos de inflação possam ser verdadeiros, dado que as moedas africanas, como o naira nigeriano e o cedi ganense, caíram em relação ao dólar, qualquer cliente africano FTX persuadido pelo marketing, é claro, perdeu fundos quando a empresa faliu.
O ex-líder de educação da FTX para a África, Pius Okedinachi, disse ao WSJ que a exchange supervisionava cerca de US$500 milhões em volume mensal de negociações na África, com a maior parte do volume vindo da Nigéria.
Notavelmente, apenas 8 dias antes da FTX declarar falência, SBF também promoveu os serviços da FTX para a África Ocidental, anunciando em um tweet de 3 de novembro que a exchange havia começado a aceitar depósitos em francos CFA da África Ocidental.
