O Ministério da Educação do Brasil está estudando desenvolver uma plataforma para registrar diplomas em blockchain, com foco especial para universidade particulares.
A pasta que tem como chefe Abraham Weintraub aponta vantagens quanto a autorregulação do setor. Além disso, tanto o Ministério quando as universidade particulares compreendem que haverá dificuldade administrativas e jurídicas de início, mas a longo prazo será um diferencial.
O primeiro passo a ser dado é passar autoridade aos setores privados para emitir e registrar diplomas. A medida foi sugerida pelo próprio Weintraub e foi apoiada por 14 entidades das universidades privadas. Está prevista uma nova reunião do grupo para o dia 4 de março de 2020.
No entanto, mesmo com esse pedido, é importante ressaltarmos que isso já ocorre na prática desde 2017, quando o MEC havia dado maior liberdade no que tange a emissão de documentos. Após tomar essa medida, ocorreram diversos casos de falsificação de diplomas em todo o Brasil, mostrando a fragilidade de nosso sistema educacional.
Evitando fraudes com diplomas em blockchain
Devido ao aumento gigantesco das falsificações de diplomas, em 2018 foi ordenado, pelo próprio MEC, uma medida de adoção de diplomas virtuais pelas universidade federais. No entanto, não foi citado o caso das universidade particulares, que estão sendo tratadas agora.
Para ajudar a evitar fraudes, as universidades particulares irão registrar os diplomas em blockchain, sendo uma medida que garante bastante segurança e tem a capacidade de sustentar muita informação.
As instituições de ensino privadas disseram que se trata de uma manobra um tanto quanto problemática no âmbito jurídico. No entanto, o MEC está empenhado em ajudar nesse problema.
A tecnologia unificaria todos os diplomas emitidos no país, tanto em universidades públicas quanto em privadas. Dessa forma, espera-se que a incidência de fraudes seja diminuída em todo o território nacional, pois a verificação do diploma poderia ser feita de forma rápida e acessível.
A tecnologia blockchain está dominando o Brasil?
O Brasil não está apenas registrando diplomas na blockchain, mas sim realizando uma gama de serviços com ela. A blockchain é, basicamente, um livro de registros onde o próximo registro depende do anterior. Dessa forma, para alterar um “bloco”, seria necessário alterar todos os anteriores.
Atualmente temos diversos trabalhos em blockchain sendo desenvolvidos por aqui. Existe, por exemplo, uma iniciativa para ajudar na diminuição da burocracia em algumas regiões do Brasil, com foco em comércio entre estados.
Além disso, existem rumores de que um empresário brasileiro, com a ajuda da Microsoft, está planejando um sistema para unificar todos os impostos pelo uso de blockchain. Isso facilitaria muito a vida de comerciantes e empresas de nosso país, agilizando vários processos administrativos.
Saindo um pouco do Brasil, temos a implantação de um sistema de comunicação seguro para o exército dos EUA. Basicamente a tecnologia irá permitir uma boa troca de informação entre unidades militares, com baixo risco de ataques cibernéticos.
Atualmente, por conta do coronavírus, sistemas de blockchain estão sendo utilizados para ajudar no recebimento de benefícios para doentes na China, serviço essa que agiliza muito a entrega de dinheiro para quem mais precisa.
